Servidores estaduais protestam por recuperação do IPE Saúde e reposição salarial

Manifestantes fizeram caminhada entre os bairros Praia de Belas e Centro

Centenas de servidores públicos estaduais, vinculados a centrais sindicais, protestaram nesta terça-feira (26) pela recuperação do IPE Saúde e reposição salarial. A mobilização, que teve início em frente à sede do instituto de assistência, culminou em caminhada que começou na avenida Borges de Medeiros e terminou no Palácio Piratini.

A maior parte dos integrantes do grupo estava identificada com bandeiras e camisetas do CPERS-Sindicato, entidade que representa os professores da rede estadual de ensino. No carro de som, líderes do movimento se revezavam ao microfone em um discurso que cobrava mudanças por parte do Poder Executivo.

A principal queixa dos servidores é, de fato, quanto ao IPE Saúde. Em fevereiro, o instituto de assistência passou a ser pressionado por instituições hospitalares em razão da falta de reajuste no valor pago pelo plano nos procedimentos (que não são reajustados há 11 anos) e nas consultas (sem correção há cinco).

As casas de saúde defendem uma correção de 50%, em ambos os casos, para evitar o descredenciamento do plano médico. Além disso, o convênio tem uma dívida de mais de R$ 1 bilhão com hospitais e clínicas. Já a direção do IPE Saúde diz que elabora estudos para a revisão das tabelas referentes aos valores pagos, e trabalha para reduzir despesas.

Salários

Já quanto aos salários, o questionamento é sobre o índice de 6% proposto pelo Piratini no reajuste, em projeto que tramita na Assembleia. O funcionalismo alega estar há cinco anos sem reposição, e pede que o aumento seja de 10%. Os sindicatos foram recebidos pelo governador Ranolfo Vieira Júnior (PSDB) na última quarta-feira.

O Governo alega que o reajuste é limitado pelas legislações eleitoral e de responsabilidade fiscal. “Esses 6% não recuperam sequer 1% de cada ano em que não tivemos reajuste. Os ataques às nossas carreiras também fizeram com que o governo confiscasse o dinheiro que agora nos falta”, ressaltou, na oportunidade, presidente do CPERS, Helenir Schürer.

Os salários dos professores da rede estadual foram reajustados no fim do ano passado, também sob protestos. Isso porque a reposição de 32% só ocorreu para parte das pessoas que integram a categoria, excluindo os aposentados e os funcionários das escolas. O piso, que é definido nacionalmente, foi reposto em 33,23%.