
O consumo nos lares brasileiros registrou alta de 2,04% em maio na comparação com abril, de acordo com levantamento da Abras (Associação Brasileira de Supermercados). Em relação ao mesmo mês de 2024, o avanço foi de 3,98%. No acumulado do ano, o indicador apresenta crescimento de 2,61%. Os dados, deflacionados pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), a inflação oficial do país, consideram todos os formatos de supermercados.
Segundo a Abras, o resultado de maio foi impulsionado por uma combinação de fatores econômicos, com destaque para o efeito sazonal do Dia das Mães e a ampliação da renda disponível das famílias. A entidade aponta que medidas como reajustes salariais, transferências sociais e pagamentos pontuais contribuíram para o desempenho positivo do setor.
Entre os recursos que reforçaram o orçamento das famílias no mês, estão o reajuste dos servidores públicos federais, com impacto estimado de R$ 17,9 bilhões; o pagamento da primeira parcela do 13º salário para beneficiários do INSS, com liberação de R$ 73,3 bilhões; a continuidade do saque do PIS/Pasep, com previsão de R$ 30,7 bilhões ao longo do ano; e a liberação de R$ 2,9 bilhões em Requisições de Pequeno Valor do INSS.
Também contribuíram o repasse de R$ 13,64 bilhões em transferências do Bolsa Família e o pagamento do primeiro lote da restituição do Imposto de Renda, no valor de R$ 11 bilhões. Além do estímulo à renda, a desaceleração da inflação e a queda nos preços de itens essenciais, como arroz, leite e óleo de soja, ajudaram a sustentar o abastecimento dos lares brasileiros no período.
“Esse conjunto de fatores econômicos contribuiu para ampliar o consumo das famílias”, avaliou o vice-presidente da Abras, Marcio Milan.
(*) Com R7