O jornalista e cronista fotográfico, Ricardo Stricher, faleceu neste sábado, dia 7, aos 67 anos. Residente de Porto Alegre, Stricher atuou atrás das câmeras por mais de quatro décadas.
Já trabalhou na fotografia da Comunicação da Prefeitura Municipal de Porto Alegre, na Câmara Municipal, no Palácio Piratini, e como servidor público se aposentou em 2014. O fotojornalista também esteve no Jornal Zero Hora e, como freelancer, em diferentes jornais e revistas locais e nacionais, tendo sido, também, fotógrafo de todas as edições do Fórum Social Mundial realizadas em Porto Alegre.
O Sindicato de Jornalistas do RS lamentou o falecimento em nota nas redes sociais: “O SINDJORS une-se à família nesse momento de tristeza”.
Filho do jornalista Melchíades Stricher, Ricardo frequentou a redação do Diário de Notícias, jornal que circulou em Porto Alegre até os anos 1980. Ao ver que o adolescente não largava a câmera, Melchíades presenteou o filho com um modelo da Olympus que dobrava o quadro a quadro. De lá em diante, o jornalista fez da paixão pelas imagens a motivação de sua vida.
Na carreira, Stricher contabiliza 17 exposições individuais e dezenas de mostras coletivas, além de um livro publicado, “Porto Alegre Invisível”, que reúne 70 imagens da Capital que o habitante mais cotidiano não consegue captar, onde expressa sua conexão com a cidade onde nasceu e viveu. Ele também tem na estante de casa um Prêmio ARI de Fotografia, em 2012.
Em uma entrevista ao Coletiva.net em 2016, Ricardo afirmou que a câmera era uma extensão de si, “eu fotografo com o olhar, a máquina é apenas um acessório”.