Em duas semanas, a ocupação de leitos clínicos destinados à Covid-19 na rede hospitalar gaúcha praticamente dobrou. A taxa, que era de 21,6% em 7 de fevereiro, chegou a 40,8% neste domingo. Das 6.278 vagas disponíveis, havia 2.560 ocupadas, 1.914 delas por pacientes com teste confirmado e 646 por pessoas com sintomas da doença, ainda aguardando exames.
A evolução rápida da ocupação de leitos e da entrada de pacientes novos com Covid levou o governo estadual a classificar 11 das 21 regiões Covid do Rio Grande do Sul com bandeira preta, na sexta-feira. O mapa ainda é preliminar. Dez recursos devem ser examinados até a divulgação do mapa definitivo, nesta segunda-feira. Além disso, entrou em vigor na noite de ontem, em todas as cidades gaúchas, um decreto que coíbe atividades não essenciais entre 22h e 5h. A medida fica em vigor até a madrugada de 2 de março.
A alta no índice de ocupação de leitos de UTI também preocupa. Em duas semanas, o indicador subiu 11 pontos percentuais, passando de 73,1% para 84,1%, neste domingo. Das 2.684 vagas disponíveis para todas as enfermidades, havia 2.258 ocupadas, às 16h. Desses, 1.290 leitos (57,1%) atendiam pacientes com sintomas de Covid-19 – 215 com suspeita 1.1075 com infecção confirmada.
Na rede pública, a taxa de ocupação de UTIs é de 81,8%, enquanto na rede privada alcança 90,5%. Entre as macrorregiões gaúchas, as do Centro-Oeste (89,7%), dos Vales (87,9%) e Metropolitana (87,6%) tinham os maiores indicadores na tarde deste domingo.