A alta demanda por equipamentos de proteção individual, os EPIs, faz com que o uso dos materiais seja controlado em todo o mundo. Em Porto Alegre, por exemplo, o Grupo Hospitalar Conceição (GHC) calcula o aproveitamento de 10 mil máscaras cirúrgicas por dia entre profissionais e pacientes. Diante do número, o diretor do centro, que é referência no combate ao coronavírus no Rio Grande do Sul, fez um apelo pelo emprego correto dos produtos.
Segundo o médico André Cecchini, os hospitais da rede estão equipando e treinando os profissionais. “O funcionário afastado deixa um vácuo no atendimento muito grande”, observou. “A gente investiu muito em treinamento da equipe para o uso de EPIs, fornecimento de EPIs para evitar que os nossos funcionários se contaminem e que se sintam protegidos para enfrentar a epidemia”, completou o diretor do GHC em entrevista ao programa Bom Dia da Rádio Guaíba.
Protesto de sindicato por EPIs
Na semana passada, o Sindisaúde-RS realizou um protesto denunciando que funcionários como recepcionistas, seguranças e trabalhadores da saúde não estão recebendo materiais de segurança e proteção. O diretor do Grupo Hospitalar Conceição reconheceu a falta pontual de EPIs em alguns setores. “Claro que está faltando, está faltando no mundo”, ponderou. “Não falta para quem precisa. Quem está na linha de frente, quem está na UTI está recebendo EPI. Agora o funcionário aquele que está fora, por exemplo, da manutenção, da limpeza, que está varrendo o pátio do hospital (…) não precisa usar a máscara”, sublinhou Cecchini.
O GHC abriu um centro de triagem no Hospital Nossa Senhora da Conceição para atender a possível demanda de infectados pela Covid-19. A estrutura mede 1,5 mil metros quadrados, abrigando consultórios e enfermagem equipados com respiradores. Além do Conceição, o grupo administra os hospitais Fêmina, Cristo Redentor e Criança Conceição, todos na zona Norte de Porto Alegre.