A inflação de agosto desacelerou para 0,11%, após registrar alta de 0,19% em julho, conforme Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado nesta sexta-feira pelo IBGE. O resultado foi influenciado, principalmente, pela deflação nos grupos alimentação e bebidas e transportes. No acumulado dos últimos 12 meses, a taxa ficou em 3,43%.
Segundo o gerente da pesquisa, Pedro Kislanov, a redução nos preços de alguns dos principais alimentos consumidos no dia a dia dos brasileiros aconteceu por questão de aumento de oferta nos pontos de venda. O tomate registrou redução de 24,49% nos preços e a batata inglesa teve deflação de 9,11%. Hortaliças e verduras também registram queda de preços (-6,53%).
No grupo dos transportes, o maior impacto veio do preço das passagens aéreas, que tiveram redução de 15,66%, depois de altas de 18,9% e 18,63% em junho e julho, respectivamente. “Após os reajustes nos meses de férias, as passagens ficaram com uma base mais alta, e agora voltam para uma base mais baixa”, explica Pedro Kislanov.
No lado das altas, o grupo habitação registrou o principal impacto positivo no IPCA, influenciado pelo aumento de 3,85% na energia elétrica devido entrada em vigor da bandeira tarifária vermelha patamar 1, em agosto, que acrescenta às contas de luz uma cobrança de R$ 4 a cada 100 quilowatts-hora consumidos.
Entre as 16 regiões pesquisadas pelo IBGE, sete tiveram deflação. Os preços em agosto ficaram menores em Vitória (-0,50%), Aracaju (-0,47%), São Luís (-0,31%), Campo Grande (-0,21), Belém (-0,20), Rio de Janeiro (-0,06) e Porto Alegre (-0,04%).