Chega a 61 o número de casos confirmados de dengue, desde janeiro, em Porto Alegre. De acordo com a Secretaria Municipal da Saúde (SMS), a Capital registrou, até sábado passado, seis casos importados e 55 autóctones (contraídos sem que o paciente tenha viajado).
Desses, 53 foram confirmados no bairro Santa Rosa de Lima e dois, no Jardim Floresta, ambos na zona Norte.
Já os casos importados envolvem moradores dos bairros Arquipélago, São João, Santana, Alto Petrópolis, Ipanema e Vila Ipiranga, que viajaram a cidades do Nordeste, Sudeste e Norte do país. Outros 49 casos suspeitos permanecem em investigação.
No mesmo período, foram notificadas cinco suspeitas de infecção por zika vírus, ainda sem resultado laboratorial conhecido, e 13 de chikungunya, com um caso confirmado. O paciente que reside no bairro Higienópolis, viajou para o Rio de Janeiro. Oito foram descartados e quatro seguem em investigação.
O diretor da Vigilância em Saúde da SMS, Anderson de Lima, explica que desde meados de março, quando se confirmou o primeiro caso autóctone de dengue na zona Norte, a prefeitura vem realizando ações a fim de diminuir o risco de transmissão viral no bairro Santa Rosa de Lima. Mais de 1,2 mil visitas domiciliares foram feitas por agentes de combate a endemias e, só na edição do Bota-Fora especial do DMLU, na sexta-feira, mais de 30 toneladas de lixo foram retirados de ruas do bairro.
Ações para pulverizar inseticida foram 21, com mais de 3 mil imóveis abrangidos, desde então. A SMS também instalou 17 armadilhas de monitoramento do mosquito adulto para acompanhar os índices de infestação e coletar fêmeas do Aedes aegypti para envio à análise laboratorial.
Nessa manhã, também houve aplicação de inseticida no bairro Jardim Floresta.
A Prefeitura pede que a população colabore, com ações de prevenção. “Precisamos que a população verifique seu quintal ou pátio uma vez por semana, elimine todos os focos de água parada, vire potes, deixe garrafas com a boca para baixo, tampe caixas d’água e deixe desimpedidas calhas e ralos. Em uma semana um ovo pode eclodir, virar larva e mosquito adulto, voando”, adverte Lima.
Outra medida importante em locais com transmissão viral comprovada é a proteção individual, com uso de repelente corporal e elétrico, quando possível. “O Aedes aegypti é um mosquito que costuma picar no início da manhã e final da tarde. Ele não voa para muito além de onde nasceu, no máximo 150 metros. Portanto, se na sua casa tiver um Aedes voando, procure e elimine o criadouro”, recomenda.