STF deve terminar julgamento da ‘revisão da vida toda’ até o dia 1º

Votação ocorre atráves do plenário virtual da corte

As prisões foram mantidas após audiência de custódia realizada por um juiz instrutor do gabinete do ministro Alexandre de Moraes. Foto: Carlos Moura / SCO / STF / Divulgação / CP

O voto do ministro Luiz Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, acabou por empatar o julgamento do recurso à decisão sobre a chamada “revisão da vida toda” das aposentadorias. Por ela, fica aberta a possibilidade de aplicação de uma regra mais vantajosa para segurados no cálculo dos benefícios. A decisão de Fachin veio ao encontro do entendimento da Ministra Rosa Weber, já aposentada, e que defende que a revisão é válida a partir de 17 de dezembro de 2019 quando o Superior Tribunal de Justiça (STJ) publicou acordão aprovando a medida.

Com este último voto, a decisão está empatada, com ministros a favor da tese mais vantajosa aos aposentados e outros dois ministroS que defendem o retorno do processo ao STJ. O julgamento ocorre de forma virtual e deve terminar no dia 1º, se não houver pedido de vista ou destaque, que leva a deliberação ao plenário presencial. Ainda devem votar os ministros André Mendonça, Nunes Marques, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Gilmar Mendes. De acordo com dados do Conselho Nacional de Justiça, pelo menos 10.899 processos nas instâncias inferiores aguardam um desfecho do caso.

A “revisão da vida toda” no INSS é o recálculo da média salarial para a aposentadoria considerando todas as remunerações do trabalhador – mesmo as anteriores a julho de 1994, quando foi implementado o Plano Real. O mecanismo pode, na prática, mudar os valores dos benefícios de milhares de aposentados e pensionistas. O caso foi julgado em dezembro do ano passado no STF.