IPCA-15 tem alta de 0,13% em setembro na capital gaúcha, aponta IBGE

No país, indicador chegou a um aumento de 0,35% no mesmo período

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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial do país, apresentou uma alta de 0,35% em setembro. A informação foi divulgada nesta terça-feira, 26, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice teve aceleração de 0,07 ponto percentual na comparação com o mês anterior, quando teve alta de 0,28% para agosto. Em setembro de 2022, o IPCA-15 foi de -0,37%. Com os resultados, o IPCA-15 acumulou 5% na janela de 12 meses. Já no ano de 2023, o acúmulo é de 3,74%.

Na Região Metropolitana de Porto Alegre, o indicador atingiu uma variação positiva de 0,13%, mas vindo de uma alta de 0,49% em agosto. O destaque absoluto da medição foi a alta da gasolina, que subiu 5,18% no mês e foi o subitem com o maior impacto no resultado do mês (0,25 ponto percentual). O grupo de Transportes teve alta de 2,02%, maior alta entre os nove grupos do IPCA-15.

Seis dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta em setembro. A maior variação (2,02%) e o maior impacto (0,41 ponto percentual) vieram de Transportes. O grupo Habitação (0,30% e 0,05 ponto percentual) desacelerou em relação ao mês anterior (1,08%). No lado das quedas, o destaque ficou com Alimentação e bebidas (-0,77%), que contribuiu com -0,16 ponto percentual.

No grupo de Transportes, a gasolina subiu 5,18% e foi o subitem com o maior impacto individual no índice do mês (0,25 ponto percentual). Quanto aos demais combustíveis (4,85%), óleo diesel (17,93%) e gás veicular (0,05%) tiveram alta, enquanto o etanol (-1,41%) registrou queda nos preços. Após o recuo de 11,36% em agosto, houve alta de 13,29% nas passagens aéreas (13,29%) em setembro.

Ainda em Transportes, a alta do táxi (0,19%) deve-se ao reajuste de 20,19% nas tarifas a partir do dia 24 de julho em Fortaleza (5,54%). Em ônibus intermunicipal (1,05%), houve reajuste de 12,90% em Salvador (8,08%), a partir de 10 de agosto e de 6,00% em Porto Alegre (1,09%), a partir de 1º de agosto.

HABITAÇÃO

No grupo Habitação (0,30%), destaca-se a alta da energia elétrica residencial (0,66%), influenciada pelo reajuste de 9,40% em Belém (8,81%), a partir de 15 de agosto. A alta da taxa de água e esgoto (0,12%) decorre do reajuste de 5,02% em Brasília (2,76%), a partir de 1º de agosto. Por sua vez, a queda em gás encanado (-0,46%) decorre de reduções tarifárias em duas áreas de abrangência: em Curitiba (-1,47%), redução de 2,23%, a partir de 4 de agosto; e no Rio de Janeiro (-0,84%), redução média de 1,70%, a partir de 1º de agosto.

Em Saúde e cuidados pessoais (0,17%), o destaque foi a alta no item plano de saúde (0,71%), decorrente dos reajustes autorizados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para os planos contratados antes da Lei nº 9.656/98, com vigência retroativa a partir de julho. Desse modo, no IPCA-15 de setembro foram apropriadas as frações mensais dos planos antigos relativas aos meses de julho, agosto e setembro.

ALIMENTAÇÃO

A queda do grupo Alimentação e bebidas (-0,77%) foi influenciada novamente pela deflação nos preços da alimentação no domicílio (-1,25%), à exemplo dos três meses anteriores. Destacam-se as quedas da batata-inglesa (-10,51%), da cebola (-9,51%), do feijão-carioca (-8,13%), do leite longa vida (-3,45%), das carnes (-2,73%) e do frango em pedaços (-1,99%). No lado das altas, o arroz (2,45%) e as frutas (0,40%) subiram de preço, com destaque para o limão (32,20%) e para a banana-d’água (4,36%).

A alimentação fora do domicílio (0,46%) acelerou em relação ao resultado do mês anterior (0,22%). Foram registradas altas no lanche (0,74%) e na refeição (0,35%). Em agosto, as variações desses subitens haviam sido de 0,14% e 0,35%, respectivamente.