Transtornos foram registrados em Porto Alegre em razão do temporal do começo da manhã desta sexta-feira. Na zona norte, diversos pontos registraram alagamentos, após a chuva acumulada de 33,2 milímetros no começo da manhã na Capital, de acordo com os dados da régua de medição do Cais Mauá, no Centro Histórico. A força do vento arrastou dois contêineres de lixo para o corredor de ônibus da avenida Assis Brasil, próximo ao cruzamento com a rua Mal. José Inácio da Silva, bairro Passo d’Areia.
No mesmo local, a água entrou em estabelecimentos comerciais e o asfalto rachou no meio da via, tumultuando ainda mais o trânsito. O gerente de supermercado Cristiano Abreu disse que ele e mais quatro pessoas começaram a secagem da frente do estabelecimento às 6h30min, e ainda não havia concluído o serviço duas horas mais tarde. Mesmo assim, o local abriu normalmente. “Sempre que chove, isto acontece. Não temos alternativas. A Prefeitura precisa fazer algo por nós”, afirmou.
Outros pontos da região com registro de problemas foram a avenida Sertório com ruas Onze de Agosto e Marquês de Alegrete, no bairro São João, além das ruas Voluntários da Pátria com Almirante Tamandaré, Adelino Machado de Souza e Dona Teodora. Neste último ponto, os moradores reclamam que o problema ocorre há 40 anos, e atribuem os alagamentos à precariedade da casa de bombas localizada nas proximidades. “Tem uma bomba apenas, e se houvesse mais duas, isso não aconteceria. Isso aqui é normal, a água não é jogada para o Guaíba”, disse o trabalhador de uma mecânica próxima, que não quis se identificar.
Automóveis precisaram cruzar o canteiro central da via, sobre o lixo, para desviar do acúmulo de água. Já na Sertório, o funcionário de uma lavagem de veículos disse que havia recolhido espontaneamente dez placas de veículos, e guardado para que motoristas pudessem buscá-las. O mesmo foi feito por moradores na Voluntários da Pátria com a Adelino Machado de Souza.
