O primeiro teste pós aprovação do arcabouço fiscal

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deu interpretações positivas do resultado da votação no legislativo

O primeiro teste depois da aprovação definitiva do novo arcabouço fiscal, votado nesta terça-feira, 22 à noite pela Câmara dos Deputados, apresentou sinais positivos na cotação do dólar e no desempenho da bolsa de valores. O dólar fechou a quarta-feira em queda de 1,63% cotado a R$ 4,85, enquanto o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, fechou a quarta-feira em forte alta de 1,57%, pouco acima dos 117.983. Paira a dúvida sobre a continuidade ou não desta interpretação, e como o cenário externo – economias da China e dos Estados Unidos – vai influenciar no comportamento do mercado a partir desta quinta-feira, 24.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, passou a quarta-feira dando margem para interpretações positivas do resultado da votação no legislativo. Segundo ele, a aprovação ajudará a acelerar o equilíbrio das contas públicas, ao país apresentar um crescimento mais forte. “O arcabouço fiscal caminha para o equilíbrio, e a nossa tarefa é estabelecer o ritmo desse equilíbrio. Temos uma etapa pela frente, que é dar sequência ao arcabouço fiscal, com a lei orçamentária e as medidas que acompanham a lei orçamentária para fazer valer o objetivo de acelerar o passo em relação a esse equilíbrio”, declarou Haddad.

Segundo o ministro, o novo arcabouço fiscal ajudará ao país a recuperar a economia e a melhorar de posição geopolítica. “Esse equilíbrio vai permitir que o Brasil, na situação geopolítica que se encontra, possa fazer valer as suas vantagens competitivas em relação aos demais países e possa acelerar sua taxa de crescimento, que anda muito baixa há mais ou menos 10 anos”, afirmou.

“O objetivo do Brasil tem que ser isso, crescer acima da média mundial, e com sustentabilidade. Somos um país de renda per capita, medida por paridade de poder de compra, ainda muito baixa na comparação com países com igual potencial do Brasil”, acrescentou.

(*) com Agência Brasil