O Governo do Rio Grande do Sul projeta para a próxima segunda-feira (26) a realização do pregão que deve definir a empresa responsável por fornecer, instalar e manter as câmeras que serão instaladas nas fardas dos policiais civis e militares. A concorrência é eletrônica e está marcada para começar às 9h30min. A vencedora se comprometerá a fornecer 1,1 mil equipamentos, além de realizar o suporte técnico da operação.
A empresa também ficará responsável por captar, transmitir e armazenar os dados. Com isso, os agentes serão monitorados em tempo real – para a segurança dos policiais e, também, da população. O uso das chamadas “bodycams” já é uma realidade em outros estados. Em São Paulo, por exemplo, o governo estima que os esquipamentos tenham reduzido em 57% o número de mortes decorrentes de intervenção policial.
As informações obtidas pelas câmeras também poderão ser usadas em investigações. A avaliação é de que a ferramenta teria sido útil, por exemplo, na apuração da morte do jovem Gabriel Marques Cavalheiro, em São Gabriel, e no inquérito sobre as agressões cometidas por brigadianos contra Rai Duarte, após uma partida do Brasil de Pelotas em Porto Alegre. À época, o governo se comprometeu a investir na tecnologia.
Um botão de pânico estará disponível para que os próprios agentes peçam ajuda, em caso de perigo iminente durante abordagem. As bodycams foram testadas pela Brigada Militar durante a última Operação Verão, quando 14 equipamentos foram disponibilizados aos policiais do Comando Regional de Policiamento Ostensivo do Litoral (CRPO Litoral). Quatro ficaram em Osório, e dez em Capão da Canoa.
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