Ministério Público pede abertura de inquérito contra diretor-geral da PRF

Investigação analisará possíveis crimes praticados no desempenho da função e na repressão aos bloqueios criminosos das rodovias federais

Foto: PRF/Divulgação

O Ministério Público Federal (MPF) pediu, nesta quarta-feira, a instauração de um inquérito policial para investigar a conduta do Diretor-Geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, desde o dia 30 de outubro, data das eleições. Segundo o órgão, o ofício foi enviado à Polícia Federal e tramita sob regime de urgência.

O MPF pede investigação sobre as fiscalizações que a PRF realizou em veículos que transportavam eleitores, especialmente na região Nordeste, no dia da votação, e se as abordagens prejudicaram o exercício do voto.

Caso o desvio de conduta seja constatado, Vasques pode responder pelos crimes de prevaricação e de violência política, previstos nos artigos 319 e 359-P, ambos do Código Penal.

A investigação também verificará se houve omissão do diretor-geral em relação aos bloqueios de rodovias que estão ocorrendo em todo o país desde a divulgação do resultado das eleições. O fato pode caracterizar os crimes de prevaricação (art 319) e participação por omissão nos crimes praticados pelos invasores das rodovias (arts. 359-L e 359-M do Código Penal).