O diretor-geral da OMS (Organização Mundial da Saúde), Tedros Adhanom Ghebreyesus, anunciou nesta terça-feira (14) que o vírus da varíola do macaco (monekeypox, em inglês) receberá um novo nome.
“A OMS está trabalhando com seus parceiros e especialistas de todo o mundo para mudar o nome do monkeypox vírus, seus clados e a doença que ele causa. Nós faremos o anúncio dos novos nomes o mais breve possível.”
Os clados citados por ele são duas variaçoes genéticas que definem os vírus que circulam no continente africano: o da África Ocidental (associado ao surto atual) e o da Bacia do Congo (mais letal).
Desde o surgimento da Covid-19, a OMS tem trabalhado para evitar que doenças estejam associadas a seus possíveis locais de origem.
O próprio nome varíola do macaco não tem relação com o fato de macacos transmitirem o vírus – eles também são vítimas. Acredita-se que os hospedeiros naturais dos patógenos sejam roedores.
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O vírus e a doença foram assim nomeados porque foram vistos pela primeira vez, em 1958, em primatas que eram usados para estudos na Bélgica. Ele só foi detectado em humanos em 1970.
O surto atual é o maior já visto fora do continente africano. Pessoas em diversos países começaram a adoecer sem qualquer ligação aparente com viagens à África.
O casos contabilizados pela plataforma de monitoramento em tempo real Global.health (organizada por pesquisadores de universidades como Harvard e Oxford) já chegam a mais de 1.600 em quase 40 países, incluindo o Brasil.