Prédio onde funcionava o Hospital Álvaro Alvim, em Porto Alegre, vai a leilão nesta quarta

Pregão já está aberto na plataforma online de venda de imóveis públicos

Antiga casa de saúde foi desativada pouco antes do início da pandemia de Covid-19. Foto: Cesar Lopes/PMPA

O prédio onde funcionava o Hospital Álvaro Alvim, localizado no bairro Rio Branco, em Porto Alegre, será leiloado nesta quarta-feira (27). O espaço é de propriedade da União, que fixou em R$ 17,25 milhões o lance mínimo no pregão que já está aberto na plataforma online de venda de imóveis públicos. O resultado sai às 15h.

A antiga casa de saúde, desativada pouco antes do início da pandemia de Covid-19, tem mais de 10,4 mil m² de área construída e terreno de 9,6 mil m². Uma primeira tentativa de negociação – ocorrida no início de março, sob lance mínimo de R$ 23 milhões – chegou ao fim sem que nenhum interessado no negócio se apresentasse.

Foi justamente o fracasso do primeiro certame que causou a redução do valor pedido pelo prédio. A manobra é questionada por opositores do Governo Federal, que levaram a pauta ao Ministério Público Federal (MPF). O argumento é de que o m² na região custa cerca de R$ 6 mil, o que elevaria o valor de mercado do terreno para R$ 50 milhões.

No ano passado, o próprio Ministério da Economia avaliou o patrimônio em R$ 31 milhões. O leilão é condicionado à realização de obras de estabilização, uma vez que a estrutura é considerada instável. O novo proprietário não terá restrições quanto à destinação do bem, que pode ser revitalizado ou demolido para dar lugar a novas edificações.

Insegurança

A desativação do Hospital Álvaro Alvim fez com que o prédio se tornasse alvo constante da ação de criminosos, que buscam fios de cobre e outros itens recicláveis no interior do local. A sensação de insegurança tomou conta dos moradores do Rio Branco, que recorreram ao Poder Público em busca de ajuda.

Há uma semana, a prefeitura da Capital anunciou uma força-tarefa para conter os ataques. O patrulhamento do prédio, que conta com segurança privado, foi reforçado pela Guarda Municipal. Já a Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Smsurb) propôs uma ação de limpeza no entorno do complexo e a manutenção da rede de iluminação pública.