O prefeito afastado de Cachoeirinha, Miki Breier (PSB), deve depor nesta segunda-feira (11) à comissão que analisa o processo de impeachment movido contra ele na Câmara de Vereadores da cidade. A oitiva está marcada para as 11h15min – sucedendo falas do autor da denúncia, o vereador Mano do Parque (União Brasil); do secretário de Saúde do município, Juliano Paz; e do funcionário público Diego Maciel.
O depoimento de Miki, que é investigado pelo Ministério Público em razão de supostas fraudes em licitações, deve ser extenso e não tem hora para terminar. Na última sexta, o relatório da comissão, feito pelo vereador Nelson Martini (PTB), foi aprovado. Com isso, o trabalho vai culminar em uma votação em plenário – que pode ocorrer já na semana que vem, salvo algum atraso no cronograma.
No entanto, o prefeito afastado pode perder o cargo antes mesmo do eventual impeachment. Isso porque o Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul (TRE/RS) retoma nesta terça o julgamento do pedido de cassação da chapa que elegeu Breier e Maurício Medeiros (MDB) para o Executivo de Cachoeirinha. Os políticos são acusados de abuso de poder político e econômico.
Dois desembargadores já votaram a favor do fim do mandato de Miki e seu vice, que hoje ocupa o cargo de prefeito na ausência do candidato eleito. Além de por fim ao mandato, o processo pode deixar ambos inelegíveis até 2028. Neste caso, Cachoeirinha teria novas eleições municipais. A sessão do TRE/RS vai começar com o voto de Francisco Moesch, que pediu vistas na sessão do último dia 31.