Caso Rafael: Alexandra Dougokenski deixa local que teve júri cancelado

Saída da ré demorou quase cinco horas e meia

Foto: Mauro Schaefer/CP

Acusada de matar o filho, Alexandra Dougokenski deixou, por volta das 15h30min, o local do júri popular do caso Rafael, em Planalto, no Norte gaúcho. A sede do Independente Futebol Clube havia sido preparada para o julgamento, cancelado nessa manhã depois de 11 minutos de atividades. A saída da ré demorou quase cinco horas e meia, conforme a reportagem do Correio do Povo.

Após ter o pedido negado para inclusão de um áudio como prova para perícia, a banca de advogados de Alexandra deixou o recinto e provocou o cancelamento do júri, que deve ser remarcado para uma data ainda não definida. Segundo o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ/RS), os advogados podem ser multados pelo abandono do caso.

Morto em maio de 2020, o menino Rafael Mateus Winques, de 11 anos, teve o corpo encontrado dentro de uma caixa de papelão no terreno de uma casa vizinha à que vivia. A mãe, Alexandra Dougokenski, responde pela autoria do crime.

Conforme denúncia do Ministério Público, ela matou o filho por se sentir incomodada com as negativas dele em acatar ordens e diminuir o uso do celular e os jogos online. Ainda de acordo com a acusação, ela deu ao menino comprimidos de Diazepam e, por volta das 2h, estrangulou Rafael com uma corda.

Hoje, os advogados da acusada tornaram pública a informação de um áudio, atribuído a Rafael e supostamente enviado pela criança ao pai depois do horário em que, conforme a Polícia, a morte já havia ocorrido. A banca pediu a perícia do material e, após a negativa da juíza Marilene Parizotto Campagna, abandonou o local do júri.