Mulher que morreu em abordagem na zona Norte de Porto Alegre avançou contra policial, diz inquérito militar

Incidente ocorreu na madrugada de 13 de abril, no bairro Mario Quintana

A mulher de 27 anos que morreu durante uma abordagem teria investido contra um soldado, concluiu o Inquérito Policial Militar que apurou o caso. O documento também aponta que ela foi atingida por um disparo quando tentava agarrar a arma da mão dele. O fato ocorreu na madrugada de 13 de abril, na rua José Hilário Retamozo, no bairro Mario Quintana, na zona Norte de Porto Alegre.

De acordo com a a Brigada Militar, a investigação contou com provas testemunhais e laudos periciais, sendo ouvidas 30 pessoas e juntadas 33 mídias aos autos do processo. A corporação concluiu que a conduta do policial investigado se encaixa dentro dos limites da legítima defesa.

“O policial efetuou o disparo para salvaguardar sua integridade física da iminente ameaça que sofria no momento, diante da condição desfavorável no local da abordagem, que contava com grande número de pessoas exaltadas”, destaca um trecho do inquérito.

Na data do ocorrido, segundo o 20º BPM, uma guarnição foi acionada, próximo às 02h42min, para atender uma ocorrência envolvendo brigas generalizadas e disparos de arma de fogo em um bar. Os envolvidos na confusão teriam investido contra os policiais, que precisaram solicitar apoio tático.

A corporação diz que houve necessidade do uso de arma não letal de incapacitação neuromuscular, mas o equipamento não teria sido suficiente para cessar os ataques. A jovem teria avançado contra um policial que fazia a revista de dois homens, momento em que acabou sendo baleada.

Os militares chegaram a socorrer a mulher e a levaram ao Hospital Cristo Redentor, mas ela não resistiu. A ficha dela não tinha antecedentes criminais. A ocorrência permanece sob investigação da 5ª DP de Homicídios.

Leia a nota da BM

A Brigada Militar, por meio do Comando de Policiamento da Capital, informa a conclusão do Inquérito Policial Militar relacionado a ocorrência envolvendo a jovem Sabrina de Oliveira Moreira, ocorrida em 13 de abril de 2024. A Corporação imediatamente iniciou as providências de Polícia Judiciaria Militar para a elucidação do ocorrido.

No dia da ocorrência, a Brigada Militar foi acionada, via telefone 190, para verificar uma ocorrência de desordem com disparos de arma de fogo no bairro Mario Quintana. Ao chegar no local, a equipe despachada se deparou com uma aglomeração de pessoas, que não atenderam a ordem de abordagem dos policiais, os quais necessitaram de apoio para dar prosseguimento a abordagem.

Em dado momento, durante revista pessoal a dois homens, a sra Sabrina investiu contra um dos policiais, agarrando sua arma. Neste momento, o policial efetuou um disparo contra a jovem. Cabe esclarecer que o policial efetuou o disparo para salvaguardar sua integridade física da iminente ameaça que sofria no momento, diante da condição desfavorável no local da abordagem, que contava com grande número de pessoas exaltadas. Após o ocorrido, imediatamente os policiais socorreram a vítima.

Desta forma, diante de todas as provas apuradas dentro do IPM, incluindo provas testemunhais e laudos periciais, concluiu-se que a conduta do policial ocorreu dentro dos limites da legítima defesa. Durante o IPM, foram ouvidas 30 pessoas e 33 mídias foram juntadas aos autos.

A Brigada Militar reafirma seu compromisso com a defesa dos direitos e garantias fundamentais, atuando diuturnamente em defesa da sociedade e na preservação da ordem pública.