Putin: “operação militar russa na Ucrânia é um sucesso”

Em reunião do governo televisionada, presidente russo disse que o país 'não tinha opções para resolver o problema pacificamente'

Foto: Reprodução / Twitter / Kremlim

O presidente russo Vladimir Putin avaliou, nesta quarta-feira, que a operação militar na Ucrânia é um “sucesso”, afirmando que Moscou não vai deixar o país se transformar em uma “ponte” para “ações agressivas” contra a Rússia. As informações foram divulgadas pela Agência France Presse (AFP).

“A operação transcorre com sucesso, em estrita conformidade com os planos preestabelecidos”, declarou Putin, segundo comentários transmitidos pela televisão. Ele assegurou, mais uma vez, não ter a intenção de “ocupar” a Ucrânia.

O presidente considerou, no entanto, que as sanções e condenações ocidentais que atingem o governo russo, a economia e a cultura do país são comparáveis às perseguições contra os judeus e que os países do Ocidente agem de “maneira odiosa”.

Putin prometeu ajuda financeira a indivíduos e empresas para enfrentar as medidas punitivas e garantiu que a “guerra-relâmpago” econômica contra a Rússia “fracassou”.

Mais uma vez, o presidente considerou que não tinha opções contra a Ucrânia. “Nós simplesmente não tínhamos opções para resolver o problema pacificamente”, disse ele, enfatizando que havia “razões para acreditar” que “componentes de armas biológicas” vinham sendo desenvolvidos em território ucraniano.

Ele também afirmou que não podem ser mais tolerados “os anos de intimidação da população do Donbass”, uma região russófona no leste da Ucrânia, onde rebeldes separatistas fazem levantes pró-Rússia desde 2014.

Segundo Putin, o início de uma ofensiva ucraniana contra Donbass e Crimeia, território que Moscou anexou em 2014, “era uma questão de tempo”.

As declarações ocorreram logo após o discurso do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky aos congressistas dos EUA. Zelensky mais uma vez fez um apelo para a criação de uma zona de exclusão aérea no território ucraniano, além de pedir ajuda militar e mais sanções contra a Rússia.