Internações infantis pela Covid-19 crescem em janeiro no Rio Grande do Sul

Números seguem aumentando em hospitais com atendimento pediátrico em Porto Alegre

Foto: Guilherme Almeida / CP Memória

O aumento expressivo do contágio pelo coronavírus, impulsionado pela variante ômicron, acende um alerta no Rio Grande do Sul: as internações de crianças infectadas aumentaram 900% entre 1º de janeiro e a terça-feira passada. Os números foram divulgados pelo chefe da Divisão de Dados e Indicadores do Departamento de Economia e Estatística da Secretaria Estadual de Planejamento, Orçamento e Gestão (DEE/SPGG), Bruno Paim.

No primeiro dia do ano, havia quatro crianças internadas em leitos clínicos e, na terça, o total já era de 40, em todo o Rio Grande do Sul. No mesmo período, cresceu de três para 13 o número de pessoas dessa faixa etária em leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) na rede hospitalar gaúcha – uma elevação de 333%.

A alta também pode ser identificada em Porto Alegre. O Grupo Hospitalar Conceição (GHC) informou que, até esta quinta-feira, 10 crianças foram internadas com coronavírus em janeiro. Em contato com a reportagem na última sexta, dia 14, eram cinco hospitalizadas desde o começo do ano.

Das dez internações no GHC, duas foram em UTI. Uma criança de 12 anos deu entrada no domingo, sendo liberada na quarta. Já outra, de três anos, permanece na instituição em ventilação mecânica. Em dezembro, conforme a revisão de dados do Conceição, três crianças foram internadas com Covid-19, sendo uma na UTI.

O Hospital Moinhos de Vento é outra instituição que aponta elevação nos índices de internação infantil pelo coronavírus. Na última sexta-feira, nenhuma criança era atendida com a doença, e hoje já são três. Na Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, no mesmo período, o número de hospitalizações por coronavírus subiu de uma para duas.

Vacinação infantil
Nessa quarta, crianças começaram a serem vacinadas em Porto Alegre e no interior do Rio Grande do Sul. O imunizante usado é o da Pfizer.

Hoje, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso da Coronavac para crianças e adolescentes de 6 a 17 anos de idade.

A indicação da Anvisa prevê que a dose para crianças seja a mesma destinada a adultos: 600 SU do antígeno do vírus inativado em 0,5 ml. O intervalo entre as aplicações deve ser de duas a quatro semanas.