Sistema 3As: pela segunda semana consecutiva, todas as regiões Covid do RS recebem Aviso

Além dos indicadores, comitês regionais serão convocados pela Gabinete de Crise para discutir medidas para frear novo avanço da pandemia

Pela segunda semana consecutiva, o Gabinete de Crise do governo estadual emitiu Avisos para todas as 21 regiões Covid do Rio Grande do Sul. A decisão saiu em reunião realizada na tarde desta terça-feira.

No Sistema 3As de monitoramento da pandemia, a classificação é considerada uma chamada de atenção para a área, uma vez que ela aponta para uma possível piora de algum indicador, como aumento de casos, mortes ou de internações em leitos clínicos ou de unidade de terapia intensiva (UTI), por exemplo.

Na primeira semana do ano, todas as regiões já haviam recebido Avisos. A decisão havia sido tomada em razão da disseminação da variante ômicron.

Além dos indicadores, o Gabinete de Crise vai convocar os comitês regionais a fim de discutir medidas para frear novo avanço da pandemia. A reunião ocorre na quinta-feira, a partir das 14h30min, já como um passo prévio à possível emissão de Alertas.

Mais cedo, em um boletim de atualização, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) confirmou mais de 10 mil novos casos de coronavírus em 24h.

O Gabinete de Crise destacou, nesta terça, que nos últimos sete dias, a média semanal de casos confirmados no Rio Grande do Sul cresceu mais de quatro vezes, passando de 62,2 para 278,8 a cada 100 mil habitantes. Há também um aumento de internados em leitos clínicos, ainda que em menor proporção do que o crescimento de contaminações. Atualmente, há 591 leitos clínicos ocupados por pacientes com quadro confirmado ou suspeito de Covid-19. Em 2 de janeiro, eram 297.

Situação preocupa no litoral Norte

O aumento do fluxo de pessoas no litoral Norte durante o veraneio, quando parte da população se transfere para a praia, resulta em número elevado de contágios, conforme o monitoramento do Gabinete de Crise.

Em Capão da Canoa, região do Estado com maior incidência de casos confirmados para cada 100 mil habitantes, o índice chegou a 603,7, taxa muito próxima à mais alta apresentada pela região em toda a série histórica, de 679,2, em março de 2021.

*Atualizada às 21h para o acréscimo de informações