Por causa da enchente que assola Porto Alegre, o Mercado Público de Porto Alegre, que abriga 110 lojas, fechou suas portas no dia 3 de maio e ainda não tem previsão para a reabertura.
O Guaíba continua subindo e a água toma conta, mais uma vez, desse espaço que recebe cerca de 30 mil pessoas por dia com um faturamento que pode chegar a R$ 500 mil diário.
Os prejuízos são difícil de mensurar. Mas de acordo com o presidente da Associação dos Permissionários do Mercado Público, Rafael Sartori, só de estoque é projetado uma perda de R$ 2 milhões. Se a crise durar até o final do mês, Sartori calcula um prejuízo entre 25 a 30 milhões de reais.
De acordo com Sartori, o grande impacto vem das câmaras de congelamento que estão há mais de 10 dias sem energia elétrica. E de empresas que perderam seus estoques com produtos de maior valor agregado.
O presidente da Associação afirma que esse é um momento de reconstrução. “Precisamos manter mil colaboradores ativos diretos e realmente é uma tarefa bem complicada estando com os caixas zerados. Ainda apanhando dos efeitos da pandemia. Da descentralização do centro. Precisamos de ajuda do município, gentilmente está em contato conosco e atendendo o que pode. Precisamos da ajuda do Estado e do Governo Federal. É a maior catástrofe natural da história do país e estamos no centro dela”, lamenta.
Ainda segundo Sartori, além dos prejuízos nos negócios, 5% dos permissionários perderam suas residências. E 30% dos colaboradores foram afetados diretamente ou indiretamente.