As mortes em decorrência do coronavírus registradas em 2020 contribuíram para que o Rio Grande do Sul atingisse a sua taxa mais alta de mortes desde o ano 2000. Foram 92,7 mil mortes no ano passado contra 89,2 mil óbitos em 2019. Em 2000, data do início do levantamento, o Estado gaúcho registrou 68 mil falecimentos.
O responsável pelo estudo e diretor do Departamento de Economia e Estatística (DEE), Pedro Zuanazzi afirma que apenas parte das mortes são atribuídas à pandemia. O maior reflexo das mortes em decorrência do coronavírus poderão ser vistos na análise do próximo ano. “Tem um percentual que é atrelado com a pandemia, mas não é o principal fator. Os reflexos mais fortes nós veremos quando saírem os dados de 2021”, afirma.
Zuanazzi ressalta que ao longo dos últimos anos já se vinha percebendo uma tendência da diminuição dos nascimentos e aumento no número de óbitos, como consequência da redução da taxa de fecundidade e do envelhecimento da população. O alto número de mortes, aliado ao menor número de nascimentos reflete a pior taxa de crescimento vegetativo. No ano passado, foram 130,7 mil nascimentos registrados no Estado contra 92,7 mil mortes, o que resultou em um aumento de 38,1 mil habitantes, uma taxa de crescimento vegetativo de 0,33%.
