Ceasa doa alimentos para famílias em situação de vulnerabilidade em Porto Alegre

Além de 500 cestas e 15 toneladas de hortifrutigranjeiros, central de abastecimento entregou 20 mil máscaras

Foto: Guilherme Almeida

Quatro comunidades carentes de Porto Alegre, que enfrentam dificuldades em razão da pandemia, receberam a doação de 500 cestas de alimentos e de 15 toneladas hortifrutigranjeiros. A ação foi realizada pela Ceasa, que é vinculada à Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural. Os kits de alimentos não perecíveis e as frutas e verduras foram entregues para famílias carentes da Ilha do Pavão, da vila Dona Teodora, no bairro Humaitá, e para uma creche na avenida A.J. Renner.

Quatro caminhões levaram os itens para as famílias em situação de vulnerabilidade social em Porto Alegre. A ação foi coordenada pelo Banco de Alimentos da Ceasa. Os produtos foram entregues na Associação Vitória na Ilha do Pavão, no Instituto de Educação Infantil Vitória Vila dos Operários, na avenida A.J Renner, bairro Humaitá, e para a creche Lei Mundo Colorido, no bairro Farrapos. Além das cestas básicas e dos hortifrutigranjeiros, a Ceasa realizou a doação de 1.660 pacotes de bolachas e 20 mil máscaras.

O diretor-presidente da Ceasa, Ailton dos Santos Machado, disse que a iniciativa faz parte da campanha nacional de combate à fome desenvolvida pela Associação Brasileira das Centrais de Abastecimento (Abracen), com a participação de todas as Ceasas do país. A entidade nacional disponibilizou R$ 10 mil para cada filiada adquirir cestas básicas que serão doadas com os alimentos arrecadados na campanha. Segundo Machado, a Abracen realizou a doação de R$ 200 mil para que as Ceasas comprassem de alimentos. Os hortifrutigranjeiros foram doados pelos atacadistas e produtores da Ceasa.

A coordenadora do Banco de Alimentos, Rosandrea Vargas, disse que a situação das famílias é muito difícil porque muito deles vivem da reciclagem. Os 500 kits de alimentos eram compostos por arroz, feijão, óleo de soja, farinha de trigo e de milho e açúcar.

A Ceasa está localizada na avenida Fernando Ferrari, no bairro Anchieta, em uma área de 420 mil metros quadrados, sendo 73 mil metros quadrados de área construída. No local, estão instalados cerca de 20 pavilhões e estacionamentos para 10 mil carros. A estrutura conta com 2.042 produtores e 311 empresas atacadistas, que geram aproximadamente 50 mil empregos diretos e indiretos. O complexo possui mais de 110 produtos entre hortifrutigranjeiros, flores, queijaria, carnes e peixes.

Em março, mês que a pandemia da Covid-19 completou um ano no Brasil, a Ceasa bateu o recorde no número de pessoas atendidas pelo programa social Prato Para Todos. Segundo a coordenadora do Banco de Alimentos, Rosandrea Vargas, o grande volume de hortifrutigranjeiros doados em março permitiu que o setor aumentasse o número de instituições assistenciais atendidas e, ato contínuo, de crianças, jovens e adultos contemplados por elas.

O Banco de Alimentos da Ceasa recebeu 192,2 toneladas de hortifrútis doados pelos permissionários. Desse total, 93,9 toneladas foram destinadas para 148 entidades (associações comunitárias, asilos e creches) para complementar a alimentação de 86.197 pessoas – 26.698 pessoas a mais do que as 59.499 contempladas em fevereiro pelas entidades que forneciam refeições. Neste mês, 133 entidades haviam recebido os kits.

Outras 2,3 toneladas de alimentos foram destinadas para 65 famílias de baixa renda cadastradas no Prato Para Todos. De acordo com Rosandrea Vargas, 96 toneladas do total arrecadado foram consideradas impróprias para consumo e destinadas para a alimentação de animais de fazendas terapêuticas que acolhem, tratam e recuperam dependentes químicos que atuam como voluntários no programa social.

Além da contribuição de produtores e atacadistas, o Banco de Alimentos recebeu 1.010 kg de kits contendo itens de limpeza, higiene e fraldas, do programa Mesa Brasil do Sesc/RS, e 439 quilos de alimentos não perecíveis da Emater/RS-Ascar, que incrementaram a cota destinada a um grupo de idosos que segue em isolamento social.