Porto Alegre aguarda chegada de novas doses para definir vacinação no feriado

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, estoque atual será esgotado na quinta-feira

Capital espera receber contingente semelhante ao registrado na semana passada. Foto: Cristine Rochol/PMPA

A prefeitura de Porto Alegre aguarda a chegada de uma nova remessa de vacinas contra a Covid-19 para definir a continuidade do cronograma de imunização na cidade. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), o estoque atual garante as aplicações somente até a quinta-feira (1), quando serão liberadas doses para os idosos com 66 anos de idade.

Em entrevista ao programa Agora, da Rádio Guaíba, nesta terça-feira (30), o secretário Mauro Sparta revelou que o Ministério da Saúde planeja o envio de um lote similar ao da semana passada. Ou seja: o Rio Grande do Sul receberia 290 mil vacinas, nas fórmulas da CoronaVac e Oxford/AstraZeneca. Destas, 39,8 mil seriam repassadas a Porto Alegre.

“Nesta semana, devemos ter vacinação na sexta-feira, no sábado e no domingo – mas ainda não temos uma definição, porque não temos vacinas. Se chegarem, vamos abrir unidades em cada uma das distritais. Notamos, no último sábado, que muitas pessoas procuravam os drive-thrus a pé. Não estávamos preparados para isso”, explicou Sparta.

A prefeitura da Capital utiliza o Censo 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), para estimar o número de doses necessárias para aplicação em cada grupo prioritário. Neste levantamento, divulgado a onze anos, a Capital tinha 47,2 mil moradores com idade entre 69 e 65 anos, e 64,3 mil entre 64 e 60 anos.

Otimismo

A prefeitura vê com bons olhos o andamento da campanha de imunização contra a Covid-19. Até agora, cerca de 25,6% da população-alvo recebeu a primeira dose no município – índice que coloca Porto Alegre na liderança do ranking de capitais que mais avançaram no programa.

A lenta redução no número de pacientes internados em leitos de tratamento intensivo na cidade também é comemorada. “Ontem conseguimos fazer 49 altas nos nossos hospitais, de pacientes que saíram das UTIs e foram para os quartos. Parece que as coisas estão entrando nos eixos, melhorando. É um alento”, ressaltou o secretário municipal de Saúde.

Por outro lado, a escassez de insumos do chamado “kit intubação” preocupa. De acordo com a SMS, os hospitais que conseguiam comprar os medicamentos junto aos laboratórios passaram enfrentar dificuldades por causa da alta demanda. O estoque tem se mantido, mesmo que em nível baixo, com a ajuda do Ministério da Saúde e do Governo do Estado.