OMS espera que Brasil continue a reportar números diários sobre pandemia

Entidade também avaliou que situação melhora na Europa, mas globalmente piora, sobretudo nas Américas

Foto: Reprodução/YouTube /OMS

O diretor-executivo da Organização Mundial de Saúde (OMS), Michael Ryan, afirmou que a entidade espera que o Brasil continue a informar os números diários sobre a pandemia da Covid-19. Durante entrevista coletiva, ele acrescentando que a OMS vem tendo acesso a “dados extremamente detalhados” da Organização Pan-Americana (Opas) e do próprio País sobre os números do avanço da Covid-19.

De acordo com jornal O Estado de S.Paulo, Ryan lembrou que o Brasil é um país “muito grande” e com “uma população muito diversa, parte dela muito vulnerável”. Também garantiu que o organismo vai continuar apoiando o Brasil “e o povo do Brasil” na luta contra a doença. “É, porém, ao mesmo tempo muito importante que as mensagens sobre transparência e compartilhamento de informação sejam consistentes e que possamos confiar nas informações dos nossos parceiros do Brasil”, enfatizou.

A autoridade pediu que “qualquer confusão que exista possa ser resolvida” em relação aos números e que os governo federal e estaduais possam continuar a se comunicar “de modo transparente com seus cidadãos a fim de acabar com essa pandemia o mais rápido possível”.

Já o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou que o quadro da Covid-19 melhora na Europa, “mas globalmente piora”. A autoridade lembrou que já foram reportados à OMS quase 7 milhões de casos da doença, com quase 400 mil mortes.

“Os países não devem relaxar agora na luta contra a pandemia”, enfatizou, lembrando que, entre as medidas, rastrear contatos das pessoas contaminadas “continua a ser crucial” no combate ao vírus.

Ele também voltou a insistir na necessidade de se encontrar e isolar os casos suspeitos, tratando os que foram confirmados e precisarem de apoio médico.

Ghebreyesus também citou a gravidade do quadro nas Américas, lembrando que, dos casos reportados nesse domingo, quase 75% vieram das Américas e do sul da Ásia.