Sessão da CCJ sobre projetos variados termina sem votar pareceres

Enquanto 34 projetos foram distribuídos para relatoria, outros 31 já com pareceres prontos não foram analisados pela CCJ da Assembleia

Deputado Fábio Branco (MDB) comandou a reunião virtual da CCJ da Assembleia | Foto: Reprodução/TV Assembleia
Deputado Fábio Branco (MDB) comandou a reunião virtual da CCJ da Assembleia | Foto: Reprodução/TV Assembleia

A Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia voltou a discutir, nesta terça-feira, projetos sem relação à Covid-19. Desde o início da disseminação da doença no Rio Grande do Sul, o Legislativo decidiu analisar apenas matérias relacionadas ao combate à pandemia. Foram pouco mais de dois meses com foco exclusivo sobre o assunto. O retorno das pautas gerais à agenda da CCJ, no entanto, foi esvaziado.

Ainda em tramitação inicial, 34 projetos foram distribuídos para relatoria. Dos 31 já aptos para análise de constitucionalidade, apenas um teve o relatório lido. A proposta de criar o Dia do Óptico no Rio Grande do Sul, de autoria do deputado Mateus Wesp (PSDB), recebeu o parecer favorável de Frederico Antunes (PP). Entretanto, o “sinal verde” do parlamentar não passou pelo crivo dos demais onze membros da CCJ. Por falta de quórum, a sessão foi encerrada.

Pedidos de vista

Antes do texto de Wesp, outros 14 projetos entraram na pauta da Comissão. Todos eles receberam pedido de vista de parlamentares. A prática permite que um deputado adie a votação da matéria, a fim de ter tempo para tirar dúvidas acerca de seu conteúdo. Em alguns casos, o pedido de vista tem o objetivo apenas de atrasar a tramitação de projetos.

Entre os que vão aguardar a reanálise, estão: o que isenta a cobrança de ICMS das contas de água, luz, gás e telefone de hospitais filantrópicos e Santas Casas; o projeto que institui a Semana de Combate à Violência Obstétrica; o que inclui a Educação Financeira nos currículos escolares; o texto que cria a galeria de Memória e Democracia na Assembleia; e o que visa a destinação de vagas de emprego para mulheres vítimas de violência.

Projetos pendentes

Além do projeto do Dia do Óptico, ficaram pendentes outros 16 textos já relatados. O mais polêmico é o que regulamenta a prática do ensino domiciliar no Rio Grande do Sul. Um grupo de militantes favoráveis à proposta participou da sessão da CCJ na transmissão realizada via YouTube. No espaço para comentários, os apoiadores pediam a aprovação do relatório de Sérgio Turra (PP) sobre o projeto de autoria de Fábio Ostermann (Novo). A matéria era a vigésima da fila de análise da Comissão.

Outros projetos que nem chegaram a ser discutidos são os que incluem, no calendário oficial do Estado, o Dia do Atirador Desportivo; o Dia da Não-Violência contra Mulheres e Meninas; o Dia da Pessoa Surdocega; e a Semana Maria da Penha. Também aguardam votação sobre a constitucionalidade, a proposta que cria casas de abrigo para mulheres vítimas de violência e o projeto Escola Sem Censura. A lista completa pode ser lida no site da Assembleia Legislativa.