Weintraub pede a líderes do Senado que não adiem provas do Enem

Ministro da Educação argumenta não haver necessidade para o adiamento do exame, previsto para novembro

Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, pediu a líderes do Senado para não aprovarem projetos que adiem as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em função do novo coronavírus. O ministro, que participou da reunião de líderes no Senado na manhã desta terça-feira, teve apoio do líder do governo na Casa, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE).

Weintraub argumentou ser melhor avaliar possíveis alterações no calendário das provas em julho ou agosto, já que a aplicação do exame é em novembro. Parte dos parlamentares defende a aprovação do adiamento do cronograma sob o argumento de que a interrupção das aulas presenciais e a falta de acesso à internet em algumas localidades prejudica parte dos estudantes.

“Não desistam, estudem”

Após anunciar a manutenção do calendário do Enem, Weintraub pediu aos candidatos, em redes sociais, nesta terça, que “não desistam, estudam”.

As provas físicas foram previstas, inicialmente, para 1º e 8 de novembro. Já o Enem digital, alterado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais, para 22 e 29 de novembro.

Weintraub argumenta que adiar o exame para março ou abril, por exemplo, significa “perder um ano”. “Eles querem é acabar com as expectativas de cinco milhões de brasileiros”, disse.

Defensores do adiamento do Enem, em decorrência da pandemia do novo coronavírus, dizem que há disparidade educacional no Brasil, com diversos alunos sem acesso à internet, o que dificulta um ensino igualitário. “E quem não tinha (internet) em 2015, 16? Demos recurso para as escolas terem internet”, ironizou o ministro.