Moto é recolhida com dívida de R$ 94 mil em 180 multas na Capital

Diretor-presidente da EPTC destacou papel das blitze para coibir circulação de infratores e criticou uso de expressão "indústria da multa".

Balada Segura abordou moto com 180 multas na avenida Juca Batista | Foto: Divulgação/EPTC
Balada Segura abordou moto com 180 multas na avenida Juca Batista | Foto: Divulgação/EPTC

A EPTC flagrou, na madrugada deste domingo (5), uma motocicleta com 180 multas não pagas pelo proprietário. O caso foi registrado durante uma operação Balada Segura, realizada na avenida Juca Batista, na zona Sul de Porto Alegre. O excesso de velocidade nas vias representava a maioria das infrações do veículo, de acordo com os agentes que fizeram a abordagem.

As multas devidas pelo condutor totalizam R$ 94 mil. Parte das infrações já venceu, enquanto outras ainda estão dentro do prazo para recurso. A motocicleta acabou sendo recolhida por estar com o licenciamento vencido. O condutor passou pelo teste do bafômetro, que não detectou ingestão de álcool.

Reação das autoridades

O diretor-presidente da EPTC, Fabio Berwanger Juliano, destacou que o montante devido pelo condutor flagrado não é a preocupação das autoridades de trânsito. No depósito, a motocicleta entra para fila do leilão. No entanto, os lances não devem superar o total das infrações. “A questão financeira é totalmente secundária, porque, com certeza, [o Estado] não vai receber absolutamente nada desses valores”, avaliou.

O representante da EPTC também falou do intuito educativo das autuações. Segundo Fabio Berwanger Juliano, só com blitze seria possível abordar infratores como o motociclista da ocorrência. “A questão é conseguir, com a multa, fazer com que a pessoa aprenda, que ela tenha medo da sanção econômica e da sanção de ficar sem dirigir”, sustentou. “Para pessoas desse tipo, não tem outro jeito, a não ser blitz”, completou.

Fabio Berwanger Juliano ainda lamentou o rótulo de “indústria da multa”. O diretor-presidente da EPTC acredita que a expressão acaba protegendo o mau motorista. “Quem usa esse tipo de termo é uma pessoa que não quer uma sociedade melhor, é uma pessoa que quer desacreditar os órgãos de trânsito”, criticou.

No final de semana, Porto Alegre teve sua primeira vítima de acidentes de trânsito no ano de 2020. Uma idosa foi atropelada e morreu na avenida Nonoai na noite de sábado.