Justiça dá cinco dias para que MST deixe área pública ocupada em Taquari

Mais de 200 integrantes do Movimento tomaram o terreno na quinta passada

movimento sem terra
Foto: MST / Divulgação

A Procuradoria-Geral do Estado (PGE) divulgou, hoje, que obteve liminar em uma ação de reintegração de posse referente a uma área de cerca de 460 hectares, ocupada na quinta-feira passada pelo Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST), em Taquari. A decisão deu cinco dias para o cumprimento voluntário da medida, e estipulou que o auxílio policial pode ser usado caso a ordem não seja cumprida no prazo estabelecido.

Mais de 200 integrantes do MST tomaram a área, que pertencia à Fepagro e segue destinada à Secretaria Estadual da Agricultura. Conforme a PGE, o terreno é utilizado para o plantio de culturas com o fim específico de pesquisa, o que motivou a medida judicial.

A juíza da 2ª Vara Juridical de Taquari, Mariana Machado Pacheco, entendeu não haver motivo para manter a ocupação. De acordo com ela, além de prejudicar as pesquisas realizadas no espaço, o MST pôs em risco áreas estaduais de preservação permanente.

O que disse o MST

Já o Movimento sustenta que o objetivo da ocupação, que ocorre pela terceira vez desde 2014, é reivindicar a área para fins de reforma agrária.

Os trabalhadores dizem que terrenos que pertenciam à Fepagro deixaram de ser usados em pesquisas sobre produção agropecuária, vegetal e animal pelo fato de a fundação ter sido extinta, por lei, pelo então governador José Ivo Sartori (MDB).

Ainda conforme os acampados, próximo do terreno já existe um assentamento do MST, desde 1987.