Sete postos de saúde seguem fechados em Porto Alegre após anúncio de extinção do Imesf

Segundo balanço da Secretaria Municipal de Saúde, falta do serviço afeta cerca de 30 mil pessoas

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Foto: Divulgação

Sete postos de saúde permanecem fechados em Porto Alegre, na tarde desta quarta-feira. Na manhã de hoje, o número era de 17. Segundo o balanço da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), a falta do serviço afeta 30.694 pessoas.

O fechamento dos postos de saúde decorre do anúncio, feito ontem, de 1,87 mil demissões a partir da extinção do Instituto Municipal da Estratégia de Saúde da Família (Imesf). Na última semana, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que a lei que criou o Imesf, em 2011, é inconstitucional.

Nessa terça-feira, o prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Jr., anunciou a decisão, mas garantiu que os atendimentos não devem ser prejudicados na fase de transição. Ele também ponderou que a entidade que vencer o edital de parceria emergencial, a ser aberto pela Prefeitura, pode contratar os profissionais do Imesf a fim de assumir a rede que era administrada pelo Instituto – 77 dos 140 postos de saúde da cidade.

Postos fechados na tarde de hoje

Região Glória/Cruzeiro/Cristal
Unidade Vila Gaúcha

Região Partenon/Lomba do Pinheiro
Unidade Herdeiros

Região Leste/Nordeste
Unidade Jardim Protásio Alves, Milta Rodrigues e Vila Brasília

Região Norte/Eixo Baltazar
Unidade Planalto e Santa Maria

Reunião extraordinária debate impasse na Câmara de Vereadores

Nesta quarta, representantes dos servidores da saúde ligados ao Imesf estiveram na Câmara de Vereadores. Eles se reuniram com líderes de bancadas e solicitaram que o Legislativo faça a intermediação com a Prefeitura a fim de evitar as demissões. Ficou agendada uma reunião extraordinária da Comissão de Saúde e Meio Ambiente (Cosmam), para as 10h da segunda-feira que vem.

A reunião da Cosmam vai ser presidida pelo vereador André Carús (MDB). Segundo a Câmara, o secretário municipal da Saúde, Pablo Stürmer, confirmou presença. Ele deve explicar os motivos que levaram o prefeito a anunciar as demissões. Devem participar ainda representantes de entidades do setor, servidores do Imesf e das comunidades atendidas pelas unidades que serão afetadas caso as demissões se concretizem.