Preso em confronto na metade Sul é encontrado morto na carceragem da PF

Tiroteio, na terça-feira, resultou nas mortes de duas mulheres e deixou menino em estado gravíssimo

Foto: Polícia Federal / Divulgação

A Polícia Federal (PF) comunicou, em nota, na noite desta quinta-feira, a morte do apenado Marcos Luis Berghann, preso sob custódia na Superintendência Regional, em Porto Alegre. Suspeito de planejar a fuga de uma quadrilha de assaltantes de banco, na metade Sul, o criminoso, de 34 anos, que cumpria liberdade condicional, teve o corpo encontrado com sinais de suicídio. De acordo com os indícios da cela, ataduras de curativos foram usadas pelo homem para se enforcar.

Detido em flagrante na noite de terça, Berghann trocou tiros com a PF. O confronto, no município de Cristal, resultou em duas mortes, incluindo a da companheira do preso. O filho do casal, de quatro anos, segue internado em estado gravíssimo, no Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre.

Berghann teve a prisão preventiva decretada, hoje, pela acusação de tentativa de homicídio contra os agentes da PF. A corporação vai instaurar inquérito para apurar as circunstâncias da morte dele.

Entenda

O confronto ocorreu em uma estrada que liga Cristal a Amaral Ferrador, perto das 23h30min de terça. De acordo com a PF, dois veículos tentaram furar a barreira montada, com 100 homens. A PF informou que o grupo tinha o objetivo de resgatar criminosos de uma quadrilha, com base em Lajeado, que haviam atacado um banco em Dom Feliciano, em 6 de julho.

Na ação, Berghann acabou baleado e preso. Ele chegou a ser encaminhado ao Hospital Nossa Senhora Aparecida, de Camaquã, antes de ser transferido a Porto Alegre, sob custódia. O criminoso já tinha condenação, a mais de 30 anos de prisão, por homicídio. Daniela Weisemann, uma das mulheres mortas na ação, era companheira dele e mãe do menino. Condutora de um segundo carro, Aline Schmidt Pirola, de 25 anos, também morreu baleada.

O Ministério Público Federal vai investigar o confronto e já pediu explicações à PF. Em uma coletiva de imprensa, a corporação alegou que a presença de mulheres e de uma criança junto aos criminosos em fuga era “inimaginável”. Mais dois veículos faziam parte do comboio interceptado, mas os agentes não sabem quantos suspeitos conseguiram fugir. Armas forma encontrados no carro que Berghann conduzia.