A Secretaria Municipal da Saúde de Porto Alegre confirmou que passou a gravíssimo o quadro de saúde de um menino baleado durante um tiroteio com duas mortes, ocorrido na terça-feira, entre a Polícia Federal e suspeitos de participação em um assalto a banco, em Cristal, na metade Sul. A criança recebe atendimento na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Pediátrica do Hospital de Pronto-Socorro. O menino, de quatro anos, sofreu disparos na cabeça e em um dos braços durante a operação policial, no município de Cristal.
A troca de tiros também resultou na morte de duas mulheres. O caso ocorreu em uma estrada que liga o município a Amaral Ferrador, perto das 23h30min de terça, quando, segundo a PF, dois veículos tentaram furar a barreira montada, com 100 homens. A PF informou que o grupo tinha o objetivo de resgatar criminosos de uma quadrilha, com base em Lajeado, que haviam atacado um banco em Dom Feliciano, em 6 de julho.
Na ação, Marcos Luis Berghann, de 34 anos, acabou preso. Também baleado, ele chegou a ser encaminhado ao Hospital Nossa Senhora Aparecida, de Camaquã, antes de ser transferido a Porto Alegre, sob custódia da Polícia Federal. Berghann já tinha condenação por homicídio e cumpria prisão domiciliar. O menino ferido é filho desse homem e de Daniela Weisemann, uma das mulheres mortas na ação. Aline Schmidt Pirola, de 25 anos, também morreu baleada pela Polícia.
O Ministério Público Federal vai investigar o confronto e já pediu explicações à PF. Em uma coletiva de imprensa, a corporação alegou que a presença de mulheres e de uma criança junto aos criminosos em fuga era “inimaginável”. Mais dois veículos faziam parte do comboio interceptado, mas os agentes não sabem quantos suspeitos conseguiram fugir. Armas forma encontrados no carro do homem preso, suspeito de arquitetar o plano de fuga.
