O Ministério Público Federal (MPF) instaurou um procedimento para investigar um suposto ataque contra a comunidade Mbyá-Guarani em Porto Alegre. Representado pelo procurador Pedro Nicolau Moura Sacco, MPF esteve no acampamento Mbyá-Guarani da chamada Ponta do Arado, no bairro Belém Novo, local onde na madrugada de sexta-feira onde ocorreu um atentado contra a comunidade indígena.
Conforme o relato dos Guarani, dois homens encapuzados saíram de uma barraca de vigilância instalada por uma empresa que pretende construir um condomínio no local e atiraram sobre os barracos dos indígenas, enquanto proferiam ameaças de morte. Ao final da agressão, prometeram voltar no domingo e assassinar todos os membros da comunidade. Neste dia, à tarde, houve uma manifestação em favor da comunidade.
Os representantes do MPF encontraram os indígenas bastante abalados pelo ocorrido, mas firmes na vontade de permanecer na área, que segundo o órgão contém um sítio arqueológico pré-colonial que atesta a ocupação imemorial pelos Guarani.
Na sexta à tarde, peritos da Polícia Civil passaram no local e recolheram cartuchos. Ainda assim, os indígenas entregaram ao procurador cartuchos de pistola 9mm e revólver calibre 22 que ficaram espalhados pela área, informou o MPF.
