Mais um professor sofreu agressão em Porto Alegre, desta vez na Escola Municipal de Ensino Fundamental Saint Hilaire, na Lomba do Pinheiro, na tarde desta quarta-feira. Conforme a direção da escola, a mãe de uma aluna se dirigiu ao local para cobrar explicações para o motivo de a filha não ter sido levada a um passeio ao teatro, preparado pela instituição. A mãe acabou detida pela Brigada Militar e encaminhada à Delegacia. É o quarto caso de agressão a professores em 14 dias.
O diretor, Ângelo Barbosa, afirmou à reportagem da Rádio Guaíba que o passeio havia sido programado semanas atrás e que as crianças foram orientadas a levar até o início da semana a autorização e o dinheiro para participarem da programação. Um grupo de aproximadamente 10 alunos, porém, só levou o pagamento hoje, o que, conforme a direção escolar, não era permitido, uma vez que já haviam sido feitas a compra dos ingressos e a reserva dos ônibus.
Com isso, o professor explicou a esses alunos que o dia de aula era normal. Uma das alunas ligou para a mãe e contou não ter sido autorizada a fazer o passeio. Foi então que a mãe se dirigiu até a instituição e passou a xingar o professor, coordenadores e uma orientadora.
A mãe da menina chegou a pegar uma cadeira para tentar atingir o professor. Além disso, xingou o profissional com palavrões e palavras homofóbicas e de cunho racista. Como a escola não conta com segurança de porteiro ou guarda, a direção chamou a Brigada Militar, que conduziu a mãe para a delegacia. Ninguém se feriu e, pelo menos hoje, a escola manteve as atividades.
Nessa terça, a mãe de dois alunos já havia agredido a diretora da Escola Estadual de Ensino Fundamental Vera Cruz, no bairro Glória, depois de atrasar 40 minutos para pegar os filhos na saída de turno. O incidente suspendeu as aulas para quase 500 crianças nesta quarta.
No último dia de outubro, a irmã de um estudante agrediu uma professora, que teve parte dos dentes quebrados, na Escola Municipal Grande Oriente do Rio Grande do Sul, localizada no bairro Rubem Berta. A escola fechou para 1,3 mil estudantes por um dia. A jovem não gostou de ver a docente cobrando do menino a entrada no horário previsto.
Uma semana antes, outra professora, que trabalha na Escola Municipal Afonso Guerreiro Lima, na Lomba do Pinheiro, sofreu socos e chutes desferidos pela irmã de um estudante que não aceitou a advertência que ele havia sofrido. Cerca de 1,1 mil alunos também ficaram um dia sem aula.