Mesmo com reajuste, preço do gás está abaixo da variação internacional, diz sindicato

A afirmativa decorre de mais um aumento nas refinarias, que jogou o preço sem impostos do chamado botijão P13 para R$ 25,07

O presidente do Sindicato das Empresas Distribuidoras, Comercializadoras e Revendedoras de Gases em Geral no Rio Grande do Sul (Singasul), Ronaldo Tonet, afirmou nesta manhã que os reajustes para o gás de cozinha estão sendo registrados abaixo da variação internacional. A afirmativa decorre de mais um aumento nas refinarias, que jogou o preço sem impostos do chamado botijão P13 para R$ 25,07. O aumento representa um reajuste de 8,5%, e pode ou não ser repassado ao consumidor final.

Conforme Ronaldo, o GLP sofreu variação “muito mais ampla” no principal comercializador internacional, que fica no Golfo do México. A Petrobrás, no entanto, usa cotação europeia, da bolsa de mercadorias de Londres, onde os preços operados são menores. “Nós temos um gás subsidiado, com preço menor do que a cotação internacional e com variação muito pequena até em relação à inflação brasileira”, disse.

Também ressaltou que o aumento de R$ 1,76 nas refinarias, seria pequeno se considerada a amplitude dos preços no mercado. “Nós temos um mercado livre, ou seja, todos são livres para praticarem o preço que quiserem”, afirmou, relembrando que no Rio Grande do Sul há variação do preço final ao consumidor entre R$ 44 a R$ 85. O Estado possui seis distribuidoras e cerca de 6 mil distribuidoras.

“Existe a livre concorrência, o valor tabelado dos combustíveis não existe mais. O próprio mercado se regula”, afirmou ainda Ronaldo, orientando os consumidores para a importância da pesquisa. “Alguns querem preço, outros segurança, muitos querem os dois. É preciso pesquisar o melhor preço”, apontou. Ronaldo reforçou também que a distância das refinarias influencia no preço, já que os custos com transporte precisam ser levados em consideração.

Como é calculado o preço do gás?

O valor do botijão de 13 quilos, na saída da refinaria, custará R$ 25,07. Isso representa cerca de 35% do valor final do botijão, que ainda tem acrescidos cerca de 18% de impostos federais (PIS/Cofins) e estaduais (ICMS). O restante fica para a chamada “margem do distribuidor/revendedor”.