Governo italiano exige respostas após queda de ponte que matou 35 em Gênova

Ministro cobrou explicações de concessionária responsável pelo trecho

O governo italiano exigiu hoje resposta sobre a queda de um trecho de ponte na cidade de Gênova, que deixou pelo menos 35 mortos, conforme números ainda preliminares. O fato gerou um debate sobre o estado das estradas do país. Há dezenas de feridos graves, de acordo com o ministro de Interior italiano, Matteo Salvini.

Outros membros do Executivo, formado pelo Movimento Cinco Estrelas (M5S) e pela Liga, como o ministro de Infraestruturas, também se manifestaram. Danilo Toninelli disse que afirmou que “todos os responsáveis pagarão”.

O acidente ocorreu por volta do meio-dia (7h em Brasília), por causas ainda desconhecidas, que devem ser esclarecidas em uma investigação a partir de hoje. No entanto, o estado das estradas italianas já é um assunto aberto, e sobre isso Toninelli destacou em entrevista ao canal Sky que a via era gerida pela empresa Autostrade per l’Italia, filial da Atlantia.

“A Autostrade per l’Italia tinha concessão do Estado para fazer a gestão e a manutenção dessa estrada. A manutenção é absolutamente da Autostrade”, insistiu.

Após o acidente, a concessionária italiana explicou, em nota, que vinha trabalhando para consolidar a manutenção da estrutura e que, como previsto, “tinha instalado uma ponte-guindaste para permitir o desenvolvimento de atividades”.

Já o presidente da região de Ligúria, Giovanni Toti, garantiu, em nota, que “a área está sob controle” e que o Corpo de Bombeiros “está avaliando o risco de novas quedas”.

Atualmente, estão na região mais de 200 bombeiros, mas também médicos, equipes da Defesa Civil e da Guarda Municipal, removendo escombros e tentando salvar quem possa ter ficado entre as ferragens, o que é a prioridade, segundo as autoridades.