
Criado a partir de recursos do Instituto Helda Gerdau, Gerdau, Vale, Grupo Mais Unidos, Grupo Fleury e Grupo Baumgart, o RegeneraRS segue fortalecendo a recuperação econômica de micro, pequenas e médias empresas impactadas pelo desastre climático no Rio Grande do Sul, apoiando projetos que combinam consultoria técnica, crédito facilitado e articulação com parceiros estratégicos. Dois exemplos de impacto já transformam o cenário em diferentes regiões do estado: Sebraetec Supera e o Fundo Estímulo Retomada RS.
O Sebraetec Supera, finalizado em fevereiro de 2025, foi um projeto emergencial de consultoria para adequação de espaços físicos de empresas atingidas. Com o apoio do RegeneraRS, a iniciativa atendeu 232 empresas na Região Metropolitana, incluindo 61 MEIs, 101 micro empresas e 70 de pequeno porte, nos setores de serviços (122), comércio (65), indústria (44) e agronegócio (1). As ações incluíram orientação técnica, visitas in loco e apoio na priorização dos itens de infraestrutura a adquirir, facilitando a rápida reabertura dos negócios e a recuperação da atividade econômica local.
Já o Fundo Estímulo Retomada RS atua em escala estadual, oferecendo crédito com condições facilitadas para empresas de mais de 100 cidades gaúchas, com meta de alcançar R$ 66 milhões até o final de 2025 – dos quais R$ 46 milhões já foram desembolsados. No Vale do Taquari, uma das regiões mais impactadas economicamente pelas enchentes, parceria entre Estímulo, Promove Lajeado e RegeneraRS já aprovou R$ 5 milhões em crédito, beneficiando 61 empreendedores com ticket médio em torno de R$ 75 mil e taxas mensais de cerca de 1,3%.
EMPREGOS
O impacto vai além do financeiro: mais de 770 empregos foram preservados ou gerados, e 30% dos beneficiados tiveram seu primeiro acesso a crédito formal. Há também recorte de gênero e inclusão – no Vale do Taquari, até 24% dos empréstimos foram para mulheres empreendedoras e parte dos recursos chegou a regiões de baixa renda. Pesquisa de Impacto 2025 – Eventos Climáticos, conduzida pelo Sebrae RS, indica que, um ano após as enchentes devastadoras de maio de 2024 no Rio Grande do Sul, mais da metade dos micro e pequenos empreendimentos ainda não conseguiram retomar totalmente suas atividades.
De acordo com o levantamento, realizado entre 3 e 28 de abril deste ano com 1.058 empreendedores das regiões atingidas, apenas 46% das empresas afetadas operam normalmente hoje. Outros 45% ainda estão em processo de reestruturação, enquanto 7% sequer conseguiram retomar as atividades, e 2% fecharam as portas definitivamente. O segmento de microempreendedores individuais (MEI) é o que mais encontra dificuldade para se reerguer, sendo que 13% ainda não conseguiram retomar suas atividades ou encerraram definitivamente o negócio.
Além desses projetos, o RegeneraRS atua também no TrilhaRS, em parceria com o BRDE, um programa de matchfunding com aporte total de até R$ 1 milhão. As duas instituições irão selecionar projetos em áreas como habitação, soluções urbanas, saúde mental, educação e cultura, enfrentamento à violência contra a mulher e negócios regenerativos. A iniciativa está aberta até 31 de agosto e tem a parceria da plataforma de financiamento coletivo Benfeitoria. A chamada é voltada para organizações com sede ou atuação no estado. Já o Programa de Aceleração RegeneraRS oferece consultoria técnica personalizada para negócios afetados pelas enchentes, reforçando o compromisso com a reconstrução econômica do Rio Grande do Sul.