
A Polícia Civil já recolheu mais de 350 garrafas de bebidas alcoólicas durante a Operação Dose Letal, que visa retirar de circulação produtos etílicos que não tenham procedência definida e que estejam sob suspeita de falsificação no Rio Grande do Sul. Os trabalhos ocorrem desde o último final de semana, em resposta aos casos de contaminação por metanol registrados no Brasil.
De acordo com o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), no início da tarde desta quarta-feira, o número de garrafas recolhidas chegava a 352 garrafas. No último sábado, primeiro dia de diligências, foram 135 apreensões do tipo.
Todos os itens foram retirados de estabelecimentos em Porto Alegre. A Delegacia de Proteção aos Direitos do Consumidor, Saúde Pública e da Propriedade Intelectual, Imaterial e Afins (Decon), que coordena a ação, acrescentou que buscas também ocorrem em outros municípios gaúchos. Não foram divulgadas quais seriam essas outras cidades, para não atrapalhar as apreensões em andamento.
“O uso de metanol em bebidas é uma prática criminosa, representando um risco real à vida da população. Nosso papel é garantir que o consumidor tenha segurança no que consome e que os responsáveis respondam no rigor da lei”, afirmou a delegada titular da Decon, Milena Simioli.
A Operação Dose Letal acontece de forma permanente e não tem prazo de término. Além de repressiva, também tem caráter educativo, orientando comerciantes e a população sobre os riscos do consumo de bebidas de origem duvidosa.
Conforme o delegado e diretor do Deic, João Paulo de Abreu, nenhuma das garrafas apreendidas até o momento continha metanol. Ele reforçou que a população deve colaborar com as investigações por meio de denúncias no telefone 0800 510 28 28. Todas as informações são tratadas de forma sigilosa.
Fonte: Marcel Horowitz / Correio do Povo