
Os americanos têm características interessantes. Enquanto nada acontece no “quintal de casa”, eles não se interessam, não se importam e não se preocupam com o que está ocorrendo fora daqui. Fora isso, os americanos estão habituadíssimos a frequentemente estarem em guerra com alguém: Vietnã, Iraque, Afeganistão e outros tantos conflitos. Existe ainda um sentimento de “supremacia bélica” que deixa todos tranquilos.
“É absoluta verdade que a maioria dos americanos sequer consegue listar dois países da África”, diz Bruno Corano, economista da Corano Capital, uma gestora de fundos com sede em Nova Iorque. Segundo ele, os norte-americanos não se preocupam com os ataques feitos pelos Estados Unidos ao Irã. “Nos Estados Unidos, vida normal. É tamanha indiferença, que, de forma geral, as pessoas nem falam sobre isso”, comenta.
Os mais intelectualizados e politizados norte-americanos, diz Corano, comentam que estão de fato em um momento que pode redesenhar as coisas no Oriente Médio, levando em conta os conflitos recentes. Redesenhar para melhor. O Irã, aparentemente segundo o economista, é o maior fomentador de grupos terroristas no momento atual. “Eu acrescentaria que esses bombardeios não devem se estender, já que, aparentemente, destruíram o que queriam. Também damos como muito provável que o Aiatolá Ali Hosseini Khamenei será morto. Esse conjunto de aspectos muda a fotografia do Oriente Médio”, diz.