
O ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou que seria alvo de uma “caça às bruxas” pela Justiça brasileira, alegando que a operação realizada nesta sexta-feira (18) teria como objetivo final a sua “eliminação”. “Eles não querem a minha prisão, eles querem a minha eliminação. Eu sou um problema para eles”, disse.
Nesta manhã, a Polícia Federal cumpriu mandados de busca na residência do ex-presidente e em endereços ligados ao PL. Além da operação, por determinação do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, Bolsonaro terá que usar tornozeleira eletrônica e cumprir uma série de medidas restritivas.
Ao impor essas medidas, Moraes afirmou que o ex-presidente confessou uma prática de extorsão contra a Justiça brasileira ao condicionar o fim do tarifaço do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, à própria anistia.
No início do mês, Trump impôs uma tarifa de 50% aos produtos brasileiros. A medida foi imposta como uma resposta direta a supostos ataques do Brasil a liberdade de expressão de empresas americanas e à forma de como o país tem tratado Bolsonaro.
Ao ser questionado sobre as possíveis complicações do tarifaço do líder norte-americano, o ex-presidente afirmou que “alguns” podem interpretar a operação realizada nesta sexta como uma “resposta” a Trump.
Notas de defesa
Em nota, a defesa do ex-presidente afirmou que recebeu com “surpresa e indignação” a imposição de medidas cautelares “severas” contra ele. Segundo os advogados, Bolsonaro sempre cumpriu com todas as determinações do Poder Judiciário.
“A defesa irá se manifestar oportunamente, após conhecer a decisão judicial”, informou.
O Partido Liberal enviou nota afirmando que manifesta “estranheza e repúdio” diante da ação da Polícia Federal realizada nesta sexta-feira, que incluiu mandados de busca na residência do presidente Jair Bolsonaro e na sala que ocupa na sede nacional do partido.
Fonte: R7