
O nível da água registrou nova elevação nesta segunda-feira na Praia do Paquetá, em Canoas, na Região Metropolitana. De acordo com moradores, há pontos em que os alagamentos ultrapassam a altura do pescoço e a única forma de locomoção são balsas e motos aquáticas. A economia do lugar, que tem base na atividade pesqueira, também está paralisada.
O casal Aldemiro e Maria Lopes Cunha, 65 e 63 anos, vive na Praia do Paquetá há seis décadas. Com sustento na atividade pesqueira, a dupla não consegue trabalhar desde o início das cheias e tem dormido na casa de uma filha, no bairro Harmonia.
“A inundação torna de difícil acesso os pontos de pesca e afasta os cardumes. Além disso, o público consumidor também foi embora. Retornamos para casa apenas para não roubarem nossas coisas”, disse o idoso.
Equipes da Secretaria de Defesa Civil e Resiliência Climática de Canoas têm ido ao local entregar mantimentos e kits de higiene aos moradores. A estimativa da pasta é que cerca de 120 pessoas estão ilhadas.
“A população Praia de Paquetá é muito apegada ao lugar. Praticamente todos os moradores escolheram permanecer em casa”, avaliou o secretário de Defesa Civil e Resiliência, Vanderlei Marcos.