
Estima-se que ao menos três mil pessoas convivam com HIV, vírus causador da AIDS, no Rio Grande do Sul. Conforme a Secretaria Estadual da Saúde, a Região Metropolitana concentra pontos de alerta. Em escala nacional, no ranking dos cem municípios com mais de cem mil habitantes, Canoas, Porto Alegre e Alvorada estão entre os cinco primeiros com os maiores índices do país.
Em agosto deste ano, um estudo divulgado pelo Hospital Moinhos de Vento, apontou que a macroregião metropolitana tem uma a cada cinquenta pessoas convivendo com o vírus.
Segundo a chefe de divisão de doenças de condições crônicas transmissíveis e não transmissíveis da Secretaria, Raíssa Barbieri, apesar da estabilidade nos indicadores nos último anos, é importante que a população realize testagem anual. Ela reforçou que a medida acelera o diagnóstico e o tratamento, reduzindo a chance de que o caso evolua para óbito.
A especialista destacou que o governo tem investido em iniciativas para reduzir o índice de mortalidade por AIDS no Estado. Entre as estratégias de prevenção e enfrentamento, a criação dos Centros Regionalizados de Atenção Integral e Prevenção às Infecções Sexualmente Transmissíveis.
Ela salientou ainda a necessidade de promover iniciativas para debater sobre o vírus, visto que o HIV ainda é um assunto estigmatizado pela sociedade.
O Dia Mundial de Luta Contra a Aids será celebrado no dia primeiro de dezembro. De acordo com Raíssa, uma forte campanha alusiva ao tema já está sendo preparada pela Secretaria. Ela antecipou que, este ano, o apelo será pela adesão ao tratamento, com o intuito de garantir mais qualidade de vida aos que convivem com o HIV, além de reduzir a carga viral no Estado.