
Os dados da balança comercial entre Brasil e EUA referentes a setembro, divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), indicam uma forte retração de 20,3% nas exportações brasileiras ao mercado americano e crescimento de 14,3% das importações brasileiras de produtos vindos dos EUA no período.
No acumulado de janeiro a setembro, as exportações brasileiras caíram 0,6%, enquanto as importações aumentaram 11,8%, ampliando o superávit comercial dos Estados Unidos em relação ao Brasil para US$ 5,1 bilhões.
O resultado reforça o impacto das sobretaxas impostas às exportações brasileiras, que têm gerado distorções na corrente de comércio e efeitos adversos para empresas e consumidores de ambos os países. Entre os setores mais afetados incluem-se siderurgia, alumínio, máquinas e equipamentos, madeira químicos e manufaturados industriais em geral.
Nesse contexto, o diálogo entre os presidentes do Brasil e dos EUA, reforçado pelo telefonema ocorrido nesta segunda-feira (6/outubro), representa um passo importante para construir soluções para mitigar esses impactos.
“O comércio Brasil–EUA é sustentado por uma ampla rede de empresas, investimentos e interesses mútuos. Esperamos que o diálogo entre os presidentes abra caminho para negociações que devolvam previsibilidade e permitam preservar e expandir o comércio e os investimentos bilaterais”, afirma Abrão Neto, presidente da Amcham Brasil.