
O segundo dia da 30ª edição do Futurecom, maior plataforma de conectividade, tecnologia e inovação para a América Latina e Importante hub em soluções para cibersegurança e facilitador da transformação digital, será marcado por dois momentos relevantes. O primeiro deles será a presença do ministro das Comunicações, Frederico de Siqueira Filho, na abertura do World Broadband Association (WBBA), que reunirá, pela manhã, uma série de painéis sobre banda larga mais inteligente para a região para impulsionar o avanço da transformação digital, o desbloqueio do acesso, regulação, inclusão e apostas em tecnologias emergentes.
Depois disso, às 15h, será apresentada Pesquisa The State of Business in Latin America, da consultoria Omdia, em parceria com o Futurecom. Estudo aponta que o Brasil é um dos países que mais cresceram em FTTH (Fibra até a Casa) no segundo trimestre de 2025, com a adição de 3,5 milhões de conexões de banda larga por fibra. O 5G já está estabelecido em mais de 1.640 cidades no Brasil. O Brasil responde por US$ 27 bilhões da receita global de telecomunicações de US$ 1,6 trilhão e crescimento anual de 1,9%.
No período da tarde, profissionais brasileiros poderão acessar conteúdo de curadoria do Data Center World (DCW) e terão acesso direto, com exclusividade, ao que há de mais relevante no evento global de infraestrutura digital e data centers sem precisar sair do País. Em parceria com o Futurecom, o DCW — organizado pela Informa dos Estados Unidos — trará uma programação especial ao Brasil, reforçando o intercâmbio técnico e o acesso às tendências globais do setor.
A agenda do DCW no Futurecom incluirá dois painéis temáticos. O primeiro, às 14h do dia 1º de outubro, abordará a orquestração de infraestrutura híbrida entre nuvem, edge e data centers. O painel vai explorar as estratégias e frameworks que permitem a integração entre diferentes ambientes digitais, com foco em: Gerenciamento e orquestração dinâmica de cargas de trabalho, IA e automação aplicadas à migração entre nuvem, edge e on-premises, Alta disponibilidade, resiliência e segurança em arquiteturas híbridas, e Custos, latência e escalabilidade em infraestruturas distribuídas.
PRIMEIRO DIA
Na abertura do evento, Fernando D’Ascola, head do Portfólio de Infraestrutura e Tecnologia da Informa Markets, responsável pelo Futurecom, ressalta a expectativa de receber cerca de 30 mil visitantes ao longo de três dias, com mais de 500 palestrantes e nomes de peso discutindo os próximos 30 anos da comunicação. Ele também destacou os keynotes internacionais, áreas dedicadas a ISP, como o ISP Next Level. “Não estamos apenas celebrando o passado; estamos olhando para frente e construindo um futuro mais conectado, inclusivo e transformador para o nosso setor”, contou D’Ascola.
“Conectividade não é mais um luxo de conveniência. É uma infraestrutura invisível da cidadania. Assim como a energia elétrica ilumina nossas casas e a água abastece nossas torneiras, a rede digital sustenta a vida econômica, social e democrática”, explicou o conselheiro da Anatel, Alexandre Freire, durante a cerimônia. Freire apontou o momento de inflexão vivido pelo Brasil: avanços em fibra óptica, 5G, IoT e inteligência artificial convivem com exclusão digital, vulnerabilidade das redes e desafios de sustentabilidade. Ele também defendeu uma regulação inclusiva e voltada ao interesse público, capaz de garantir direitos, oportunidades e dignidade, e apresentou uma visão de futuro em que cada cidadão, independentemente de sua condição, possa exercer plenamente sua cidadania digital.
Outro destaque do dia 30 de setembro foi o debate “30 anos em 1”, mediado por Ari Lopes, analista líder para as Américas da Omdia, que reuniu C-Levels de empresas como Algar, Vivo, Nokia, Deutsche Telekom Brasil e V.tal. Na discussão, a inteligência artificial foi apontada como catalisadora de uma das maiores transformações do setor de telecomunicações, unindo eficiência, novos modelos de negócio e mudanças culturais. A adoção da tecnologia também revelou desafios estruturais, como regulação, qualificação de pessoas, cultura organizacional e necessidade de investimentos em data centers e conectividade. A estimativa é que o mercado de software de IA generativa alcance US$ 123 bilhões até 2030. Os executivos defenderam uma política pública para IA, incentivos à infraestrutura nacional e uma visão integrada que una inovação tecnológica com transformação cultural.
(*) o colunista viajou para o cobertura do evento a convite do IEEE