
Os canteiros de obras da Tenda no Rio Grande do Sul estão contando uma história que vai além da construção de moradias. Em meio ao dia a dia das obras, mais de 50 imigrantes que encontraram uma oportunidade de recomeço representam cerca de 17% da equipe de obras verticalizadas da construtora na região metropolitana de Porto Alegre — um número acima da média nacional da companhia.
A atuação no estado faz parte do programa nacional voltado à inclusão social e econômica de pessoas imigrantes em situação de vulnerabilidade. A proposta vai além da contratação formal, oferecendo suporte documental, assistência social e ações de integração cultural que fortalecem o sentimento de pertencimento.
Em todo o País, mais de 400 imigrantes já foram contratados pelo programa, o que representa atualmente cerca de 15% da força de trabalho nos canteiros da empresa — índice que supera, com mais de um ano de antecedência, a meta nacional assumida pela Tenda no Fórum Global sobre Refugiados. A meta previa que 10% da equipe seria composta por imigrantes até o fim de 2025.
No Rio Grande do Sul, os profissionais estão presentes em quatro obras em andamento: Quinta do Lago Garda, Acqua Senna, Ipanema Residence e Morada do Campo. Eles vêm de países como Haiti, Uruguai e Venezuela, refletindo a diversidade migratória que tem crescido no estado. Dados da Polícia Federal mostram que o RS abriga cerca de 90 mil imigrantes registrados.
Iniciativas como a da Tenda ajudam a transformar esse número em oportunidade. “Porto Alegre pode ser um case nacional de imigrantes para a Tenda”, afirma Lucas Moura, gerente de Comunicação e Responsabilidade Corporativa da empresa. Na construtora, o índice de turnover entre os participantes do programa em 2024 foi 34,4% inferior ao turnover geral da vertical, indicador que mostra o impacto da iniciativa para os trabalhadores e para a companhia.