O Índice de Confiança do Comércio (ICOM) cresceu 0,6 ponto em maio para 89,3 pontos. Em médias móveis trimestrais, houve crescimento de 2,1 pontos, terceira alta consecutiva, para 88,5 pontos. A confiança do comércio encerra o primeiro semestre do ano em alta, recuperando parte do que foi perdido nos primeiros meses do ano. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira, 27, pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV\Ibre).
O resultado favorável de junho já mostra sinais de desaceleração e chama atenção pela sua concentração, tanto no horizonte temporal quanto nos segmentos. A queda nos indicadores sobre a percepção do momento atual sugere um ritmo mais fraco da demanda no mês e deixa um alerta sobre a continuidade do ano. A trajetória da confiança nos próximos meses ainda não está clara. Por um lado, as pressões inflacionárias e o ciclo de juros em alta, tendem a desacelerar o ritmo do setor. Por outro lado, o mercado de trabalho aquecido contribui favoravelmente para a demanda do setor”, afirma Rodolpho Tobler, economista do FGV IBRE.
Em junho, o crescimento da confiança ocorreu em dois dos seis principais segmentos do setor e influenciado principalmente pelas avaliações sobre a perspectivas. O Índice de Situação Atual (ISA-COM) teve recuo de 2,8 pontos, para 90,6 pontos. O quesito que mede a avaliação sobre a situação atual dos negócios, variou negativamente em 3,4 pontos, para 92,0 pontos. Na mesma direção, o indicador que avalia o volume de demanda atual recuou 2,2 pontos, para 89,4 pontos.
O Índice de Expectativas (IE-COM) cresceu 4,0 pontos, para 88,5 pontos, com os quesitos que o compõem apresentando resultados na mesma direção: o indicador que mede as perspectivas de vendas nos próximos três meses cresceu 6,0 pontos, para 88,8 pontos, enquanto o que avalia as expectativas sobre a tendência dos negócios nos próximos seis meses cresceu em 1,8 pontos, para 88,5 pontos.