BNDES aprova R$ 150 mi para Grupo Piracanjuba produzir biogás

Valor será destinado para a implantação de quatro estações de tratamento de efluentes industriais, incluindo em Carazinho

Foto: Vanderlei Almeida / CP Memória

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento no valor de R$ 150 milhões com recursos do Fundo Clima para o Grupo Piracanjuba. O valor será destinado para a implantação de quatro estações de tratamento de efluentes industriais (ETEs) com produção de biogás nas unidades de Carazinho (RS), Araraquara (SP), Três Rios (RJ), e São Jorge D´Oeste (PR). Os recursos também serão destinados para substituir caldeiras que atualmente consomem combustível fóssil nas duas primeiras unidades citadas.

Com uma visão voltada para a sustentabilidade e inovação, os projetos vão transformar a gestão de resíduos líquidos em uma fonte valiosa de energia limpa. A captação do biogás poderá evitar a emissão de 152,7 mil toneladas de CO₂ equivalente (CO₂e) por ano, logo que as plantas atingirem seus máximos de produção. Além de evitar emissões, são esperadas nessas ETEs a elevação na eficiência, a melhora nos controles operacionais e a redução de custos.

Com origem no interior de Goiás, o Grupo Piracanjuba reúne as marcas Piracanjuba, Emana, LeitBom e as licenciadas Almond Breeze, Ninho e Molico (leite longa vida), com mais de 200 produtos no portfólio. A companhia tem mais de 4 mil colaboradores, sete unidades fabris e 16 postos de recepção de leite, e capacidade para processar até 6 milhões de litros de leite por dia, além de fazendas de eucalipto e programas de educação continuada.

BIOGÁS

As plantas de biogás, tão logo atinjam seus máximos de produção, terão o potencial de gerar cerca de 11,7 milhões de metros cúbicos normais (Nm³) de biogás por ano.  Para ter uma ideia de grandeza, seria como se um carro de passeio utilizasse esse biocombustível por uma distância de 600 mil quilômetros todos os anos.

“Todas as intervenções presentes no projeto aprovado pelo BNDES têm como finalidade a descarbonização, a redução na geração de resíduos sólidos e a substituição de combustíveis fósseis por renováveis como fonte de energia da empresa. Objetivos que integram a política de transição energética do governo do presidente Lula e que são possíveis a partir do Novo Fundo Clima, que destinou R$ 10 bilhões a projetos com essa finalidade em 2024”, explica o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.

“Estamos entusiasmados em anunciar a captação de R$ 150 milhões do BNDES, através do Fundo Clima, para investir em quatro projetos inovadores de tratamento de efluentes. Esses projetos irão gerar biogás, que será utilizado nas caldeiras, reduzindo assim as emissões de gases de efeito estufa e os custos com combustíveis. Além disso, substituiremos caldeiras que atualmente consomem combustíveis fósseis por alternativas mais sustentáveis. Esse investimento reafirma nosso compromisso com a sustentabilidade e a proteção do meio ambiente, garantindo um futuro mais limpo e sustentável para todos”, disse o presidente do Grupo Piracanjuba, Luiz Claudio Lorenzo.