Economista minimiza impacto da taxação dos EUA sobre aço e alumínio

Bruno Corano lembra que o Brasil não tem uma dependência exclusiva dos EUA para venda de aço

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É preciso entender quais os termos de uma possível taxação de 25% anunciada pelo presidente Donald Trump sobre a importação de aço e alumínio E caso venha a ser anunciada a decisão, não terá grande impacto para o Brasil. O entendimento é do economista Bruno Corano, da Corano Capital.

“Os Estados Unidos não conseguem produzir nem de perto a quantidade necessária para suprir o consumo interno de aço pois o país um grande importador. Ele compra o produto do Canadá, depois do Brasil e depois do México. São os três maiores exportadores de aço para os Estados Unidos”, diz Corano.

O economista reforça que o Brasil não tem uma dependência única e exclusiva dos Estados Unidos para a venda de aço. É muito mais sensível, para ele, a concorrência com outros produtores, especialmente a China, do que o fato de os Estados Unidos taxarem o aço.

“Case decidam pela taxação e, como não conseguem produzir internamente, o mercado norte-americano têm só dois caminhos. Ou pagarem mais pelo aço no curto prazo, porque eles vão ter que pagar com taxa, independentemente do lugar em que fizerem negócio; ou começar a aumentar a produção interna”, sentencia.

O economista da Corano Capital lembra que aumentar a produção não acontece de uma semana para outra, nem um mês para outro. São anos para a indústria voltar a ser mais produtiva, porque boa parte disso depende da construção ou expansão de plantas industriais.