Ao menos 14 pessoas morreram nesta quarta-feira e outras 450 ficaram feridas após rádios portáteis usados por integrantes do Hezbollah explodirem em várias regiões do Líbano. O novo balanço de vítimas foi divulgado hoje pelo Ministério da Saúde libanês. Já são 26 mortes decorrentes de explosões de dispositivos eletrônicos desde terça-feira. De acordo com fontes de segurança, os rádios haviam sido comprados há cinco meses, na mesma época em que os pagers, que explodiram na terça, foram adquiridos.
Explosão de dispositivos de mensagens mata 12 pessoas e deixa outras 2.800 feridas
A explosão de centenas de pagers usados pelo Hezbollah matou 12 pessoas incluindo dois menores, e deixou 2.800 feridos, centenas deles membros do grupo, que culpou Israel pelo ataque e prometeu retaliação. Entre os feridos também estão o embaixador do Irã no Líbano e soldados iranianos em atuação na Síria.
Plano secreto do serviço secreto de Israel
De acordo com informações do Portal R7, integrantes do Mossad, o serviço secreto de Israel, teriam colocado pequenas gramas de explosivos nos rádios e pagers. Os membros do Hezbollah não usam telefone ou mesmo WhatsApp com medo de serem rastreados. De acordo com as vítimas, os dispositivos explodiram quatro segundos após receberem uma mensagem escrita.
O ataque pegou a comunidade internacional de surpresa. Nem mesmo os norte-americanos sabiam do plano. O secretário-geral da ONU, Antonio Gueterres, condenou o uso de “objetos civis” como arma de guerra. Já o governo libanês pediu uma reunião no Conselho de Segurança, que será realizada na sexta-feira (20).
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, fez um pronunciamento após as explosões dos “walkie-talkies”. O premier israelense afirmou que vai garantir que moradores do norte de Israel, realocados por conta dos conflitos com o Hezbollah, voltem para casa. Netanyahu, não mencionou, no entanto, o caso nem a explosão dos pagers.